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Sindicato esclarece últimos acontecimentos sobre negociação da Cassi

17/10/2019 - Por Bancários CGR

Apesar de todo esforço empreendido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Anabb, AAFBB e FAABB, a inconsequente decisão da Contec de se retirar da mesa de negociação com a Diretoria Executiva da Cassi, anunciada no dia 9 de outubro, traz graves prejuízos para a construção de uma solução consensual para a Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil.


A falta de uma proposta urgente para solucionar a situação da Cassi poderá resultar em uma possível alienação da carteira da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil.

De acordo com a secretária-Geral do Sindicato e membro da COE BB, Sandra Trajano, esta não é a primeira vez que a Contec se exime das suas responsabilidades, prejudicando a luta movimento sindical e, consequentemente, a categoria bancária.


“Em 1996/97 a Contec abandonou o processo de negociação com o BB. Naquela negociação, defendemos a aprovação de um acordo com o banco que garantisse a manutenção do PCS que tinha interstícios de 12 % a cada três anos. A Contec se retirou do processo negocial e ajuizou dissídio no TST. O resultado foi que perdemos o PCS. Dois anos depois, em mais uma campanha salarial, a defesa era por um acordo com o BB que garantisse a manutenção do anuênio, e a Contec mais uma vez abandonou o processo negocial, ajuizando dissídio no TST, e perdemos o anuênio, que garantia o reajuste automático de 1 % ao ano. Em 2004, a Contec ajuizou o dissídio e tivemos que aceitar uma proposta rebaixada e a compensação dos dias parados. Agora, a Contec desiste mais uma vez e quer entregar a decisão para a ANS. Aonde vamos parar?”, critica Sandra Trajano.


A saída da Contec dos debates, neste momento, provoca atraso na negociação, tendo em vista que a Cassi entendeu que uma proposta efetiva só poderá ser construída com participação e consenso de todas as entidades. A Contraf-CUT e a COE-BB enviaram ofício ao BB, que aceitou negociar a partir da premissa presente na última proposta apresentada ao corpo social, que trata da contribuição por dependente.


“Entendemos que a cobrança de percentual por dependente equaliza o uso da Cassi e não representa quebra de solidariedade. Embora a Cassi tenha se recusado a negociar a proposta construída por um grupo de 26 pessoas que estavam presentes no Seminário de Saúde dos Funcionários do BB, as mesas de negociação com as entidades estavam acontecento. Assumimos o compromisso de deixar os interesses de lado para encontrarmos uma solução, mas a Contec não cumpriu ao sair da mesa”, afirma Sandra.


A intervenção da ANS e a iminente ameaça de alienação da carteira da Cassi são consequências da não aprovação da última proposta apresentada ao corpo social. Na ocasião, o voto “sim” pela aprovação, orientado pela Contraf-CUT, representou a maioria dos votos, mas não alcançou o quórum de 2/3 estabelecido no estatuto. A votação foi marcada por disseminação de desinformações e confusão em razão da votação referente à prestação de contas da Cassi.

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