Sindicatos cobram do Bradesco valorização dos funcionários e negociação urgente
13/04/2012 - Por Bancários CGR
Bancários lutam por um plano de carreira, cargos e salários (PCCS) justo, melhorias no plano de saúde, auxílio-educação e melhores condições de trabalho
Quebra o gelo, Bradesco! é o slogan da nova etapa da Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco. O Sindicato convoca os bancários para a mobilização no banco.
O Bradesco está atrasado em relação aos outros bancos privados e não oferece auxílio-educação para os funcionários e sequer apresenta uma proposta de programa próprio de remuneração da distribuição dos lucros. Além disso, com os lucros recordes a empresa tem todas as condições de apresentar um PCCS justo e de atender a todas as reivindicações dos trabalhadores.
Remuneração justa
A falta de um plano de carreira, cargos e salários (PCCS) justo e transparente só tem prejudicado os funcionários do Bradesco. É fundamental esse instrumento para organizar a ascenção profissional no banco, que está mergulhado em todo tipo de distorção. Há trabalhadores que executam tarefas nas mesmas funções e recebem salários diferentes. Também há comissões de valores não condizentes com a responsabilidade do cargo.
Há ainda denúncias de funcionários promovidos pelos gestores, mas que permanecem até um ano à espera da alteração salarial e o respectivo lançamento na carteira. Quando a promoção é regularizada, já está defasada em relação ao mercado.
Bradesco Saúde: ampliação
A ampliação das especialidades cobertas pelo seguro saúde está entre as principais demandas dos funcionários. Saúde mental, psicologia e psiquiatria não são atendidas atualmente. Há bancários de outros bancos que possuem o plano de saúde operado pelo Bradesco e recebem cobertura mais abrangente, com mais especialidades do que o dos próprios funcionários da empresa. Está na pauta também a ampliação do número de médicos da rede credenciada, especialmente no interior dos estados. O movimento sindical cobra o credenciamento em todas as localidades onde houver agência dos banco. No caso do odontológico, a reivindicação é que o banco tome medidas para reduzir os descredenciamentos decorrentes da alta burocracia depois da fusão da Odontoprev com o Bradesco.
Bolsa de estudo, já
Entra ano, sai ano e o Bradesco continua sendo o único entre os grandes bancos que não garante o auxílio-educação para seus funcionários. O banco exige qualificação, mas se recusa a debater qualquer tipo de incentivo aos trabalhadores. O atual modelo privilegia os altos executivos com bolsas pontuais. O banco usa a Fundação Bradesco como desculpa para afirmar que incentiva a educação, só que os cursos ali oferecidos não são destinados aos funcionários, no máximo aos seus filhos.
Fonte: Seeb-CGR