Uma semana após paralisações, Itaú anuncia medidas para conter rotatividade
20/06/2012 - Por Bancários CGR
Uma semana depois do Dia Nacional de Luta, em que 239 agências do Itaú Unibanco foram paralisadas em todo o país, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, recebeu nesta terça-feira 19 à noite telefonema do diretor da Diretoria de Cultura e Gente do maior banco privado do país, Marcelo Orticelli, informando que a empresa está tomando medidas para reduzir a rotatividade e, em consequência, as demissões.
O diretor do Itaú Unibanco informou que a empresa soltou comunicado interno aos gestores com orientações para que as áreas que necessitem contratar novos bancários usem o centro de realocação dos funcionários, conquistado logo após a fusão entre os dois bancos, pois novas contratações estão proibidas. Com essa medida o banco acredita evitar a rotatividade praticada no banco.
"O Itaú vive hoje dois problemas sérios, o da rotatividade que diminui custos e a redução de quadros como o banco vem praticando desde a fusão. Consideramos positivas as medidas para a redução da rotatividade, mas achamos que além disso o banco deveria adotar uma política clara para por fim ao fechamento de postos de trabalho e de valorização dos funcionários", afirma Carlos Cordeiro.
A prática da rotatividade, que demite os bancários com maiores salários para admitir outros com salários menores, vem sendo denunciada pelos trabalhadores do Itaú Unibanco em protestos em todo o país.
Emprego é prioridade
O presidente da Contraf-CUT ressalta que o movimento sindical continuará monitorando as ações que serão tomadas pelo Itaú. "O emprego é uma prioridade absoluta neste momento em que o Brasil continua crescendo apesar da crise internacional e em que o Itaú mantém recordes de lucro", afirma Carlos Cordeiro. "Por isso vamos monitorar as ações do banco e manter as mobilizações caso as demissões não sejam interrompidas."
A Contraf-CUT convocará nova reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco para avaliar a campanha contra as demissões e as novas medidas anunciadas pelo banco, além de debater outros pontos importantes para o funcionalismo, como a bolsa de estudo e participação complementar nos resultados (PCR).
Fonte: Contraf-CUT