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União em defesa dos bancos públicos é destaque da abertura dos congressos

11/07/2020 - Por Bancários CGR

Com o lema “A distância não nos limita” trabalhadores enaltecem a luta da categoria em defesa das empresas estatais
 

“A nossa unidade e a nossa campanha, com bancários do Brasil inteiro, unidos de norte a sul, é o que nos dá força. E esta força vai continuar em 2020. Mesmo no meio de uma pandemia, na qual a gente tem que manter o isolamento social, nós precisamos mais do que nunca estar juntos. Por isso, o grande lema dos nossos congressos deste ano é ‘A distância não nos limita’”. Foi assim que a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, declarou abertos os congressos dos bancários da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil e Banco da Amazônia, na nesta sexta-feira (10). O evento foi transmitido ao vivo pela página da Contraf-CUT no Facebook, no Twitter e no Youtube.

“Este é um momento muito importante para nós da categoria bancária, pois neste ano teremos muitos desafios. Diferente de 2018, quando nós renovamos nossa CCT, nós não tínhamos o cenário que temos hoje. Um cenário com presidente da República mais que neoliberal, um governo fascista. Também temos a pandemia que dificulta como nós fazemos toda a nossa organização tradicionalmente. Mas, são todas barreiras que nós podemos transpor a partir do momento que nossa organização consegue fazer luta mesmo que ela seja virtual. Então, eu desejo um ótimo congresso a todos, um ótimo debate e que daqui saiam nossas estratégias, nossa pauta para negociarmos com os representantes dos bancos. Sabemos que este ano teremos que ter muito mais unidade, com uma luta diferenciada. Mas, tenho a certeza que conquistaremos um bom acordo, sem nenhuma retirada de diretos para todos os bancários”, previu Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, também coordenadora do Comando.

“Estamos isolados, estamos cada um nas suas casas, mas a gente não perde de vista a necessidade de construir a nossa pauta de reivindicações e a unidade da nossa categoria bancária. Por isso, a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários irão realizar os congressos virtualmente agregando todos e recebendo as propostas de trabalhadores de todo o Brasil”, afirmou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

“Esse é um ano atípico e são muitas as dificuldades que a gente enfrenta. Por isso, gostaria de saldar a todos os trabalhadores que estão resistindo a esses governos que retiram direitos, que atacam as pessoas. Nós, empregados da Caixa, nós trabalhadores bancários estamos num ano de resistência e vamos construir uma pauta de reivindicação de resistência, para manter os nossos direitos e para avançar para cima dessas instituições que pretendem colocar para a gente uma desesperança. Nós representamos a esperança e essa esperança que o povo brasileiro tem que ter na defesa dos bancos públicos, na defesa de um dia melhor, sem Bolsonaro, com democracia e com muito amor no coração de todos vocês”, disse Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

“É importante que a gente resista mais uma vez. Nem todo esse trabalho fantástico que foi realizado pelos empregados da Caixa durante a pandemia afasta a ideia de privatização da empresa. Nós não podemos permitir que este governo continue atacando nossos direitos, continue atacando o serviço público e continue pensando em privatização mesmo nesta pandemia. Nós não podemos deixar que a Caixa deixe de ser o banco da casa própria, o banco da Poupança, do Fundo de Garantia, do Fies, do Bolsa Família e de tantos outros programas importantes para a população brasileira. Ou seja, a Caixa é do povo brasileiro”, declarou Sergio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).

“O tema a distância não nos limita pode ser complementado ao dizer que os desafios também não nos para. Pela primeira vez temos a realização de todos os congressos dos bancos públicos federais na mesma data. E isso para nós representa muito, pois estamos com uma unidade. Agora, é importante que tenhamos em mente que temos um enfrentamento muito grande, que é o ataque do governo contra os bancos públicos”, alertou Sérgio Luiz Campos Trindade, coordenador da Comissão de Negociação dos Empregados do Banco da Amazônia (Basa).

“As dificuldades enfrentadas por todos os trabalhadores do Brasil hoje estão presentes na categoria bancária e principalmente nos bancos estatais, por conta do governo Bolsonaro que insiste em atacar os direitos dos brasileiros. No Banco do Nordeste, especificamente, nós estamos em intenso ataque à instituição que controla a economia do Nordeste e colabora com a economia brasileira. Nós, funcionários do BNB, não podemos deixar que isso aconteça. Juntos, precisamos lutar em defesa da instituição”, conclamou Thomás de Aquino, coordenador da Comissão de Negociação dos Funcionários do Banco do Nordeste (BNB).

Representantes de federações

“Esses Congressos acontecem num momento diferente e diante de um governo que está fora do marco civilizatório. Os eventos trazem para nós uma necessidade de unidade dos trabalhadores e das trabalhadoras e das forças que compõem o Comando Nacional dos Bancários. Mais do que nunca precisamos da união dos companheiros do BB e da Caixa para fortalecer a mesa única de negociação. Então desejo um grande congresso para todos os companheiros”, disse Jeferson Boava, representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (FEEB) dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

“A defesa dos bancos públicos é a defesa de um projeto soberano de país. Nós temos de ter clareza disso até para convencer o conjunto da sociedade da importância que esses bancos públicos têm. Mais da metade da população já passou por uma agência da Caixa durante esta pandemia. O que mostra a importância do Estado brasileiro e de que ele tenha instituições fortes. É necessário a existência dessas empresas para poder ofertar crédito ao público brasileiro”, explicou Emanoel Souza, FEEB Bahia e Sergipe.

“Sabendo que a distância jamais nos limitará desejo a todos um excelente congresso virtual para todos”, desejou Edson Heemann, representantes da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras (Fetrafi) Santa Catarina.

“Bancário aceita desafio, bancário supera desafio. Fomos chamados para enfrentar este problema e estamos na luta. Tem que ficar muito claro para todo mundo que banco público tem seu papel, que banco público desenvolve. Mas tem que ficar claro que banco público cumpre política de governo. Então, para ter um banco público cumprindo todas as responsabilidades sociais que lhe cabem, os governantes precisam ser melhor escolhidos”, aconselhou Gilmar Aguirre, da Fetrafi Rio Grande do Sul.

“Neste momento de diversidade, com um governo fascista diuturnamente retirando direitos dos trabalhadores, temos a necessidade de fazer a luta da categoria bancária. Temos a condição de fazer esta luta. Desejo um congresso que possamos retirar enfrentamento de luta e de reconhecimento da importância dos bancos públicos. E escolhermos a melhor estratégia de defender, avançar e conquistar direitos”, disse Zelário Breem, da Fetec Paraná.

“O governo Bolsonaro é um governo ultraliberal e dogmático. Mesmo diante da eficiência dos bancos públicos demonstrados durante a pandemia, teima em repetir o mantra da privatização. Quer seja de forma direta – nos ataques ao Banco do Brasil – ou mesmo na via indireta, na venda de ativos da Caixa. Cabe a nós trabalhadores desses bancos a formulação das questões específicas, mas também nos juntarmos à organização da Campanha Nacional dos Bancários, para que juntos possamos dar respostas a esses ataques, defender nossos direitos e nossos empregos. É preciso reforçar nossa unidade, nossa organização e a nossa já tradicional disposição de luta”, convocou José Ferreira Pinto, da Fetrafi Rio de Janeiro.

“A distância não nos limita. É um momento que a gente precisa estar unidos, juntos, porque esse governo ignora a saúde, a educação a cultura, o papel das empresas públicas, dos bancos públicos e da soberania nacional. Temos que fazer um excelente debate, pois nós temos um inimigo muito feroz. Só com muita luta e com muita garra temos condições de enfrentar esse inimigo”, afirmou Eliana Brasil, da Fetrafi Minas Gerais.

“As medidas provisórias do governo têm atacado diretamente nossos direitos e nossos bancos públicos. Mais do que nunca é imprescindível que a gente possa encampanar uma luta contra o governo e em defesa das nossas instituições. O que temos de melhor é a força da categoria, que vem oxigenar nossa luta, fortalecer este debate na busca da conquista de nossos direitos. Lutar sempre, desistir nunca. Só a luta nos garante. Juntos vamos construir esta vitória”, conclamou Odaly Bezerra, da Fetrafi Nordeste.

“Em nome da Federação Centro Norte e das minhas companheiras do BB e dos empregados da Caixa gostaríamos de fazer uma saudação a todos os empregados que participarão dos nossos congressos. A gente sabe dos desafios a partir desta pandemia global que estamos vivendo. Estamos fazendo um congresso virtual, como nunca fizemos antes na nossa história. Em nome da nossa federação, gostaríamos de desejar um bom congresso apesar dos cenários e dos desafios para a manutenção da mesa única de negociação e dos nossos direitos”, declarou Marianna Coelho, da Fetec Centro Norte.

“Esses congressos são a expressão da luta que tem sido a marca da atuação das entidades sindicais e das entidades associativas que têm a defesa dos trabalhadores no seu DNA. Essa nossa luta é que tem barrado diversas tentativas das retiradas de diretos dos bancários. Essa nossa luta é o que vai impedir o processo de privatização disfarçado que o governo tenta impor aos bancos públicos. O momento pede unidade e disposição de luta. Isso não falta aos bancários”, garantiu Leonardo Quadros, da Fetec São Paulo.

Parlamentares defendem bancos públicos

“Como presidenta da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, sou contra a venda dos bancos públicos. É patrimônio do povo brasileiro. E dizer mais, a favor dos acordos coletivos em defesa dos trabalhadores funcionários dos bancos. É impressionante como querem vender o patrimônio do povo brasileiro, mas quando o patrimônio é deles, privados, não querem nem que sejam tributados os lucros e dividendos”, disse Zenaide Maia, Senadora do PROS-RN e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional.

“Neste correr da vida, que segundo o poeta embrulha tudo, a gente vê muita coisa que não queria ter visto, a gente vive muita coisa que não queria ter vivido, mas tem coisas que a gente diz que bom que eu vivi e que bom que eu construo esta história. Por isso, eu queria muito especialmente saudar cada companheiro, cada companheira que neste momento se reúne para estabelecer as estratégias e para defender o Brasil. Porque defender os bancos públicos é defender o Brasil”, afirmou Erika Kokay, deputada Federal do PT-DF e representante da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos.

“Quero desejar a todos um excelente encontro. Que consigamos ter no final, uma pauta que represente os anseios da categoria. Que tracemos estratégias para combater as intenções privacionistas deste governo. Temos que dizer à sociedade que estamos todos juntos e convencer que os bancos públicos são do povo brasileiro e não de um governo só. Viva os bancos públicos! Não à privatização e nenhum direito a menos do povo brasileiro”, declarou José Carlos, deputado Federal do PT-MA e coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos.

 

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