Violência contra bancos na Paraíba cresce 203% em oito meses. A culpa é dos banqueiros!

16/09/2013 - Por Bancários CGR

altEm pouco mais de oito meses já aconteceram 104 ocorrências criminosas envolvendo bancos na Paraíba, este ano. As investidas criminosas cresceram 203% nos oito primeiros deste ano, em relação ao mesmo período de 2012.

Sequestro

Na manhã da última quarta-feira (11) o tesoureiro da agência Geisel, da Caixa Econômica Federal, e sua esposa foram vítimas de um sequestro relâmpago. Segundo a Polícia Federal, o casal foi abordado por quatro bandidos quando estava em sua residência, no bairro do Bessa.

Dois homens entraram na residência e fizeram a mulher refém. Enquanto isso, outros dois criminosos obrigaram o tesoureiro a entrar no veículo deles e partiram em direção à agência da Caixa, com o objetivo de roubar o banco.

A tentativa, entretanto, foi frustrada porque no momento que chegavam à agência, os bandidos perceberam a presença de uma viatura da Polícia Militar. Nesse momento eles decidiram seguir para a praia do Seixas, onde a vítima foi abandonada. A esposa do tesoureiro foi deixada no município de Goiana – PE.

Segundo a polícia, no casal não sofreu agressão física e passa bem. Agora, resta saber o que poderá vir como consequência do trauma psicológico sofrido por ambos.

Explosões

Duas agências do Bradesco tiveram seus caixas eletrônicos explodidos na madrugada desta quinta-feira (12), nas cidades de Remígio e Areial, no Agreste paraibano. O intervalo entre um crime e outro foi de dez minutos.

De acordo com o relatório do 10º BPM, em Remígio, dois homens em uma motocicleta montaram os explosivos e detonaram a agência do Bradesco da cidade.

Após o crime, os assaltantes fugiram com destino à cidade de Esperança. Viaturas foram acionadas, realizaram rondas, mas ninguém foi preso.

Minutos depois, dois homens em uma motocicleta, explodiram o banco do Bradesco no Centro da cidade de Areial.

A polícia está investigando se os crimes foram praticados pelos mesmos assaltantes em virtude da semelhança nas características dos criminosos e o veículo utilizado. Ninguém foi preso, apesar de rondas realizadas.

Números da violência

Foram sete investidas criminosas envolvendo bancos na Paraíba em setembro. No ano, agora são 104 ocorrências, sendo: 38 explosões, 29 arrombamentos, 25 assaltos, 14 tentativas de arrombamento/explosão/assalto e 8 saidinhas de banco.

Comparando-se o número de ocorrências nos oito primeiros meses do ano com o mesmo período de 2012, houve um crescimento de 203% no total de crimes. As tentativas de assalto/explosão/arrombamento aumentou 500%.

A segunda modalidade criminosa mais praticada foram os arrombamentos, com crescimento de 383,33%, seguido do crime conhecido como “Saidinha de Banco” (100%) e assaltos, que cresceu 62,5%.

Perplexo com os números da violência, o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, chama a atenção da sociedade para o fato de que está vigorando, desde o dia 11 de setembro, a Lei nº 9.954, de autoria da deputada estadual Gilma Germano e sancionada pelo governador da Paraíba, que traz avanços nas políticas preventivas de segurança.

“Infelizmente, até o momento os bancos não cumpriram o que a norma jurídica estabelece. Esperamos que os órgãos fiscalizadores cumpram o seu papel, uma vez que os banqueiros não querem investir em segurança como investem em marketing e propaganda”, ressaltou Marcos.

O presidente também criticou o fato de o Estado não estar cumprindo a contento sua tarefa de proteger a sociedade. “E se os bancos deixam a desejar o Estado também não faz a sua parte, nem consegue oferecer segurança à sociedade, concorrendo para que bancários, vigilantes e a população em geral fiquem à mercê da bandidagem”, reforça.

Marcos finaliza, fazendo uma grave denúncia: “Há muito que estamos batendo nessa tecla da falta de segurança, inclusive denunciando o descaso com a segurança pública na Paraíba, que permite um déficit de 7.000 homens na Polícia Militar. O que é um absurdo!”, concluiu.

Fonte: Seeb/PB

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