Violência se torna cada vez mais frequente nos bancos da Paraíba
29/02/2012 - Por Bancários CGR
Os assaltos, explosões e arrombamentos cometidos em agências bancárias tem se tornado cada vez mais frequentes na Paraíba. O sindicato tem acompanhado e combatido esta lamentável situação, pois a onda de assaltos cria um clima de medo e intranqüilidade entre os funcionários dos bancos.
O ano mal começou e já contabilizamos nove investidas contra bancos em todo o Estado: dois assaltos, três explosões, dois arrombamentos e duas saidinhas de banco. O caso mais grave foi um assalto ao Banco do Brasil de Lagoa Seca, que resultou na morte de um policial e dezenas de funcionários traumatizados com a insegurança e tensão no ambiente de trabalho, o último registro feito pelo Sindicato ocorreu da madrugada de hoje, 29 de fevereiro, no município de Fagundes.
Muito pior que os prejuízos financeiros são os prejuízos psicológicos para quem passa por uma situação de violência como as que vêm sendo relatadas. E o maior problema é que os banqueiros não vêem por esse lado.
Um grande exemplo disto está na Lei municipal de combate à Saidinha de Banco, promulgada em maio do ano passado, e que a maioria dos bancos teima em descumprir, não fazendo as adaptações exigidas. A Lei determina a instalação de biombos (divisórias) nos ambientes de atendimento dos caixas e proíbe o uso de celular.
A diretoria do Sindicato já protocolou ofício junto ao Procon Municipal solicitando que o órgão cumpra seu papel, fiscalizando e autuando os bancos que insistem em descumprir a Lei. O secretário geral do Sindicato, Esdras Luciano e o diretor de formação, Odivaldo Bomfim, voltaram a se reunir com o Procon e constataram que a fiscalização para o cumprimento da Lei ainda não foi iniciada. Na oportunidade foi cobrado maior agilidade e rigor por parte do órgão fiscalizador.
O item segurança faz parte da pauta de reivindicações dos bancários na Campanha Nacional e na Mesa Temática de Segurança Bancária, porém os bancos não dão ao assunto a atenção que ele merece. O grande impasse é a visão de como se trata o tema. Para a segurança bancária o movimento sindical defende como prioridade a vida humana, enquanto para os bancos o mais importante é a questão material.
Há anos o Movimento Sindical no Brasil solicita a criação de leis que obriguem os bancos a melhorar os itens de segurança em suas unidades, como por exemplo, implantar vidros blindados nas agências, portas giratórias na entrada antes dos caixas de auto-atendimento e aumentar o número de vigilantes. Mesmo com números absurdos nos lucros, o setor financeiro ainda não investe o suficiente na segurança dos seus funcionários e muito menos na segurança de seus clientes e usuários. São esses os principais afetados, pois os valores roubados podem ser recuperados, mas a vida e as condições psicológicas do trabalhador não.
Fonte: Seeb-CGR