Vitória contra prática antissindical no BB
08/11/2013 - Por Bancários CGR
Após pressão do Sindicato e da categoria em nível nacional, represálias à greve, como cancelamento de férias e anotação negativa no ponto deixaram de ser promovidas pelo banco
Após muitos protestos e pressão do Sindicato sobre a diretoria do Banco do Brasil, os bancários da instituição relatam que as práticas de retaliação aos grevistas foram controladas. Os dirigentes sindicais do BB constataram na base que as denúncias reduziram consideravelmente, após paralisações e protestos e realizados no banco.
Desde o fim da greve, o BB passou a punir os funcionários que fizeram a greve. Entre as medidas da instituição estava a imposição de que os bancários assinassem termos pessoais sobre compensação dos dias da greve, o que não está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Pelo acordo, a compensação deve ser limitada a uma hora diária, de segunda a sexta, até 15 de dezembro.
Os bancários denunciaram que alguns tiveram férias canceladas, recebiam anotações no ponto eletrônico e sofriam ameaça por meio de ação disciplinar caso não totalizassem uma hora a mais todos os dias para compensar os dias paralisados. Além disso, administradores passaram a inventar termos pessoais, exigindo assinaturas com compromissos de tabelas de compensação. Essa política do banco foi difundida nacionalmente", diz William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa.
Os sindicatos e a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB se articularam nacionalmente e dialogaram com a direção da instituição financeira.
Depois de muita pressão da categoria, o banco reviu essa política de represálias. O Sindicato vai permanecer de olho. Verificamos junto a bancários que na Central de Atendimento as anotações no ponto eletrônico cessaram, o que é positivo. Estaremos prontos para reagir caso novas práticas antissindicais sejam promovidas, afirma o diretor do Sindicato João Fukunaga.
Caso algum bancário sofra ou tenha conhecimento de práticas antissindicais relacionadas à compensação da greve ou a outro tema, deve entrar em contato com o Sindicato.
Renato Godoy/ Seeb-SP