Análise de conjuntura abre o Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco
03/08/2021 - Por Bancários CGR
“Nós vivemos num momento muito difícil. É importante chamar atenção para essa financeirização da economia, a culpa do capital financeiro de tudo isso. Ela é a razão de todas as mazelas que estamos vivendo, de todas as mudanças que estamos vivendo dentro do banco. Isso impacta nossa vida o tempo todo”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT. “No Brasil, nós passamos um golpe determinado por esses interesses, que queria nossas estatais, nossas riquezas, queriam criar o tal ambiente de negócios. E a presidenta Dilma não se focava nesses interesses, pois isso era necessário tirar o PT do poder, para cumprir a agenda ultraliberal e entreguista. Depois disso, com o discurso de anticorrupção, foi eleito um governo desumano, genocida.”
Ela explicou ainda que o capitalismo financeiro interfere diretamente também nos empregos bancários. “O que aconteceu no ano passado ficou claro isso. O Bradesco e o Itaú olharam para o Santander que estava com o índice de eficiência melhor de todos os bancos brasileiros. Este índice só importa o quanto se gasta para lucrar. Ou seja, é uma eficiente às custas de famílias inteiras, que perdem seus empregos. Ai o Bradesco foi lá e começou a demitir, em meio a uma pandemia”, lembrou. “Quando um banco respeita seus funcionários, suas famílias, as ações caem. Então esse capitalismo financeiro é um câncer para a sociedade. Aqui no Brasil é ainda pior. Aqui acionistas recebem dividendos e não pagam nada de impostos. Só existem dois países do mundo que fazem isso. O capitalismo financeiro dita regras cruéis”, lamentou.
Juvandia reiterou a importância da análise geral, para falar do específico. “Não dá para a gente reagir essas mudanças só pensando na mesa de negociação, seja com o Bradesco ou com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Essas mudanças são muito mais profundas, é uma mudança de sociedade. A gente precisa debater isso, nós somos 99% da população, nós temos muita força. E vou além, o papel do movimento sindical passa por discutir a população”, finalizou.
Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, concordou com a presidenta da Contraf-CUT. “É o desafio que está colocado para nós, no nosso próprio slogan a gente fala isso: “o que queremos do futuro é emprego, saúde e um Brasil melhor”. Por isso este evento é tão importante. Temos que sair deste dia consciente dos nossos desafios.”
O Encontro Nacional continua com a mesa sobre Saúde do Trabalhador, ministrada por Mauro Salles, secretário da Saúde do Trabalhador.
O delegado eleito, Odivaldo Bomfim, bancário do Bradesco e Secretário Geral do Sindicato participa do encontro representando os bancários de Campina Grande e região.
Programação
- 9h50 – Saúde do Trabalhador – Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT
- 10h40 – intervalo
- 11h – Segurança Bancária/ unidade de Negócio Elias Jordão, coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Contraf-CUT
- 12h – almoço
- 13h30 – Balanço do banco
- 14h20 – Teletrabalho – Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco
- 15h – Apresentação proposta dos encontros estaduais/regional
- 17h – Encerramento
Fonte: Seeb_CGR com Contraf-CUT