Aniversário da Caixa será marcado por Dia Nacional de Luta
05/01/2017 - Por Bancários CGR
Na próxima quinta-feira, 12 de janeiro, quando a Caixa Econômica Federal completa 156 anos de fundação, os trabalhadores da empresa realizarão um Dia Nacional de Luta por melhores condições de trabalho e em defesa do banco 100% público. Na oportunidade, serão realizados protestos pelo fim dos descomissionamentos arbitrários e do caixa-minuto e pela retomada das contratações.
A mobilização foi definida pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), em reunião realizada no dia 20 de dezembro do ano passado. “Precisamos nos mobilizar fortemente para manter nossos direitos, garantir a Caixa 100% pública e reafirmar o papel social que o banco desempenha”, destaca o coordenador da comissão, Dionísio Reis.
O Dia de Luta acontece no momento em que crescem os rumores de que a empresa vai lançar, neste mês, Planos de Apoio à Aposentadoria (PAA) e de Demissão Voluntária (PDV), com o objetivo de promover os desligamentos de quase 10 mil empregados. Em novembro de 2016, o presidente do banco, Gilberto Occhi, admitiu a intenção de reduzir o quadro de pessoal em 10 mil funcionários, mas nada oficial foi divulgado até o momento.
“A situação já é de sobrecarga e adoecimento nas unidades de todo o país, o que vai se agravar ainda mais com a diminuição do número de trabalhadores. É inadmissível que a Caixa insista no argumento de que não precisa de mais empregados, como tem feito nos últimos anos, quando cerca de 5 mil colegas deixaram o banco nos PAAs. Vamos lutar para que essas e futuras vagas deixadas sejam repostas”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Negociação
A mobilização será anterior à reunião entre a CEE/Caixa e os negociadores da empresa, que deve ocorrer no final de janeiro, na qual serão apresentados os resultados das discussões dos GTs que tratam dos dois assuntos relacionados à RH 184. As orientações, já enviadas às federações e aos sindicatos de bancários, também recomenda a realização de abaixo-assinados e de plenárias para debater propostas de ações com a categoria.
“Temos uma pauta, que foi apresentada por meio de um documento com 12 propostas, exaustivamente discutidas em congressos, plenárias e reuniões e é por elas que estamos lutando. A continuidade da reestruturação, o fechamento de agências ditas deficitárias pela lógica exclusiva dos mercados, as agências digitais e a rede de operações são partes da estratégia para desmonte do papel social da Caixa, assim como sua venda fatiada e a ameaça ao monopólio na gestão do FGTS”, explica o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados.
Fonte: Seeb_Curitiba