Após pressão do movimento sindical, Caixa se compromete a acertar Sipon
29/01/2014 - Por Bancários CGR
A insistente cobrança da Contraf-CUT, federações e sindicatos, junto com a Fenae, para melhorias no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) da Caixa surtiu efeito.
Na reunião do Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho, realizada na terça-feira (21), em Brasília, a empresa assumiu o compromisso de atualizar a versão do sistema da chamada estação única. O objetivo é impedir que os empregados continuem trabalhando além da jornada.
Os problemas de inconsistências na implementação da estação única junto ao Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag) foram criticados pelos representados dos empregados, já que inúmeros trabalhadores continuam a exercer suas atividades na ilegalidade. Muitos saem do ponto eletrônico, mas continuam a trabalhar para cumprir o volume excessivo de trabalho.
A Caixa informou que foram feitos ajustes no Sistema, e que uma nova versão estará em piloto em duas agências do Distrito Federal. Sendo aprovado o piloto, uma nova versão da estação única será disponibilizada para toda a rede nesta quinta-feira (23).
"A estação única do ponto é um avanço fruto de reivindicação do movimento sindical que pode amenizar muitas fraudes dentro da empresa, mas ainda não contempla todas as melhorias necessárias. Uma questão urgente é a de mais contratação dos concursados para que os empregados parem de trabalhar além da jornada devido ao excesso de serviço", destaca Fabiana Uehara, diretora da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de Brasília.
Pagamento das horas-extras
Foram debatidas ainda questões relativas ao pagamento de 100% das horas extras a empregados de agências com até 15 trabalhadores. A possibilidade do pagamento total dessas horas é uma conquista do último aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho assinado entre o movimento sindical e a empresa. Nesse sentido, a Caixa informou que divulgou comunicado interno (CE Susec/Gerel 010/2014) em 15 de janeiro, explicando qual procedimento o gestor deverá tomar para fazer o pagamento total.
Atualmente o empregado que deseja fazer essa opção deve encaminhar email para o gestor informando sobre a escolha pela compensação ou pagamento total.
A Caixa informou que a partir de março o próprio empregado terá a opção no sistema para escolher a forma de pagamento das 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados.
Segurança no trabalho
A Caixa apresentou um projeto-piloto para o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), hoje assinado por técnicos, passando a ser realizados por cipeiros. O projeto será implantado em três capitais, começando por Curitiba (PR), depois Goiânia (GO) e Belém (PA).
O piloto terá o cipeiro trabalhando juntamente com o gestor da área com objetivo de unificar as demandas do Termo de Verificação de Ambiência (TVA) e do PPRA. A Caixa também informou que foi solicitado um estudo para valorizar o cipeiro. A valorização do cipeiro é um item de reivindicação aprovado no 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa.
O movimento sindical reforçou a questão do fortalecimento da Gipes, da Gilog e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt). Também foi reforçada a necessidade da contratação de mais empregados.
Fóruns regionais e critérios objetivos
Durante o encontro, a Caixa apresentou uma proposta prévia de Fóruns regionais em várias cidades para discutir estrutura, empregados por unidade, jornada e assédio moral. Esses grupos terão representantes da Caixa e também membros indicados pela Contraf-CUT.
O movimento sindical vai avaliar a proposta e fazer as considerações dos trabalhadores sobre o tema na próxima reunião do Fórum, que está marcada para 13 de fevereiro.
Os representantes dos trabalhadores também destacaram na reunião a importância da Caixa determinar critérios objetivos de comissionamento e descomissionamentos dentro da empresa para evitar situações de violência organizacional e assédio moral.
Fonte: Contraf-CUT e Fenae