Campanha

Aprovado acordo com reajuste, abono e todos os direitos da CCT

02/09/2020 - Por Bancários CGR

Em assembleia virtual, bancários de Campina Grande aprovaram proposta da Fenaban com reajuste de 1,5% e abono de R$ 2 mil este ano, e aumento real de 0,5% em 2021; além da manutenção de todos os direitos da CCT

Com 88,31% dos votos, os bancários de Campina Grande e Região aprovaram, em assembleia virtual, a proposta apresentada pela Fenaban (Federação dos Bancos) na Campanha Nacional deste ano. Conforme informações da Contraf-CUT, em todo o país, por ampla maioria, os bancários também aprovaram a Convenção Coletiva de Trabalho Nacional (CCT).

O acordo será de dois anos: garante, este ano, 1,5% de reajuste nos salários, mais abono de R$ 2 mil para todos, e reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nas demais verbas como VA e VR, bem como nos valores fixos da PLR. E para 2021, prevê 0,5% de aumento real para salários e demais verbas. Além disso, todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria foram mantidas.

Mesmo em um cenário adverso de uma conjuntura econômica difícil agravada pela pandemia, com um governo que ataca direitos dos trabalhadores e com metade da categoria em home office, o que dificultaria a mobilização da categoria, conseguimos reverter as propostas rebaixadas dos bancos, como reajuste zero e mudanças nas regras da PLR que reduziam os valores em até 48%; e de retirada de direitos, como o fim da 13ª cesta alimentação e a redução da gratificação de função. Depois de 14 rodadas de negociação, algumas que entraram pela madrugada, e de mobilizações nas redes sociais, conseguimos arrancar uma proposta com reajustes e que assegura todos os nossos direitos por dois anos, o que é muito importante na conjuntura extremamente desfavorável pela qual estamos passando.

Os reajustes nos salários e vales, mais o abono de R$ 2 mil e a PLR dos bancários injetarão mais de R$ 8 bilhões na economia. Com a aprovação do acordo, a categoria recebe o abono já em setembro, assim como a antecipação da PLR.

Caixa Econômica

A diretoria do Sindicato foi favorável e orientou a aceitação da proposta da Caixa por fazer parte de um contexto nacional onde a CEE/Caixa e o Comando Nacional dos Bancários já haviam se posicionado pela aprovação e também por entender a conjuntura difícil em que se deram as negociações, e a dificuldade enorme na negociação do tema Saúde Caixa. 

Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, para os bancários da Caixa, não há muito o que comemorar, o sentimento é de frustração pela falta de reconhecimento da empresa e do Governo Federal.

Infelizmente o grande esforço e dedicação dos funcionários da Caixa no pagamento do auxílio emergencial, com jornadas extenuantes, inclusive aos sábados, se expondo diariamente ao risco de contaminação, recebeu em troca um limitador na PLR que prejudica, principalmente, os que ganham menos.

Veja os principais pontos do acordo e em quais os bancos retrocederam:

– Manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos

Proposta inicial: Fenaban queria retirar direitos da CCT, como a 13ª cesta alimentação, e queria mudar as regras da PLR, rebaixando seus valores.

Após negociação: Mantidos todos os direito previstos na CCT, em acordo de dois anos (2020/2021)

– Reajuste de 1,5% + abono de R$ 2 mil; aumento de real em 2021

Proposta inicial: Fenaban insistia em reajuste ZERO

Após negociação: Reajuste de 1,5% para salários + abono de R$ 2 mil para todos, em 2021. Isso garante em 12 meses valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC para salários até R$ 11.202,80, o que representa 79,1% do total de bancários (isso já considerando o pagamento de 13°, férias e FGTS). Para 2021: aumento real de 0,5% para salários e demais verbas, como VA, VR e auxílio-creche, e para valores fixos e tetos da PLR.

– VA, VR e auxílio-creche

Proposta inicial: Fenaban propôs reajuste ZERO para VA, VR e auxílio-creche.

Após negociação: este ano, VA, VR e auxílio-creche serão reajustados pela inflação (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: VA, VR e auxílio-creche terão reposição da inflação do período + aumento real de 0,5%.

– 13ª cesta alimentação

Proposta inicial: Fenaban queria extinguir a 13ª cesta alimentação.

Após negociação: Mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação em 2021 (INPC estimado em 2,74%). Para 2021: mantida a 13ª cesta alimentação, com reposição da inflação no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) + aumento real de 0,5%.

– PLR

Propostas iniciais: Fenaban apresentou 3 propostas que reduziam a PLR dos bancários em até 48%

Após negociação: Mantida PLR como está na CCT, e com reposição da inflação (INPC estimado em 2,74%) nos valores fixos e tetos. Para 2021: valores fixos e tetos com aumento real de 0,5%.

– Home office

Proposta inicial: Fenaban se recusou a negociar cláusula para melhorar condições de trabalho no home office.

Após negociação: Bancos se comprometeram em manter o home office até o final da pandemia. A Fenaban não concordou em colocar no acordo cláusulas sobre o controle da jornada de trabalho, sobre o ressarcimento de custos e a disponibilização da mobília adequada ao home office. Mas, mesmo sem um acordo geral sobre o tema, o Comando Nacional saiu com a sinalização de acordos específicos com alguns bancos.

– Contribuição negocial

Foi mantida a contribuição negocial de 1,5% do salário, com mínimo de R$ 50 e máximo de R$ 250, e 1,5% da PLR, com teto de R$ 210. A contribuição negocial, essencial para que os sindicatos possam fazer a luta, já havia sido aprovada pelos bancários nas assembleias de aprovação da minuta, conferências estaduais e conferência nacional.

Fonte: Seeb_CGR

 
 

 

 

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