ARTIGO: “Banqueiro”

11/03/2008 - Por Bancários CGR

Por Rostand Lucena*

No clássico O Príncipe e o Mendigo o escritor americano Mark Twain explora de forma perfeita o tema da troca de identidade. Um mendigo que sonhava e brincava de ser príncipe termina assumindo o trono da Inglaterra, devido à semelhança física com o verdadeiro herdeiro do trono.

Como se trata de uma fábula, tudo é possível. È inconcebível, porém que alguém queira fazer da sua utopia uma forma de atacar os outros. A troca de identidade nesse caso não tem a menor graça.

É o caso do administrador do Posto de Atendimento Avançado do Banco do Brasil em Juazeirinho. Simplesmente o cidadão pensa que é banqueiro. Nota-se que o mesmo tem ojeriza a qualquer tipo de movimento em defesa dos trabalhadores. Nas visitas de diretores do Sindicato a unidade, já foram feitas até perguntas do tipo “o que vocês bancários estão pleiteando?” ou “quanto vocês bancários estão pedindo?”. Será que a carteira de trabalho dele não é assinada como bancário?

Coitado, não sabe ele que seu cargo é tão efêmero quanto às metas já cumpridas. Afinal de contas, no atual modelo do banco o que vale é meta a bater. Se deixar de atingir as metas, adeus comissão.

Entusiasmado pelo fato de ter relativamente pouco tempo de banco e já ser comissionado, Deus sabe lá a qual preço, o mesmo talvez não saiba que quanto mais rápida a ascensão e maior o cargo, maior a queda e o estrago.

 

*Rostand Lucena é presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região

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