O objetivo é alcançar 300 comitês para engajar cerca de 30 mil trabalhadores. “Isso é possível, pois os bancários têm uma organização estruturada e que funciona bem”, disse Vinícius Assumpção, vice-presidente da Contraf-CUT. “A categoria é vanguarda do movimento sindical e, há décadas, aprimora sua estrutura organizativa e de trabalho conjunto, com coordenação nacional. Essa experiência deve ser usada na implantação e dinamização do funcionamento dos comitês”, completou.
Ação dos comitês
Os Comitês de Luta dos bancários devem atuar em defesa dos direitos de todos os cidadãos e da democracia, a partir da propagação de políticas de inclusão social, combate à fome e à miséria e em combate contra as fake news. Os comitês também podem criar ações de solidariedade, como arrecadação e distribuição de alimentos e o fortalecer o perfil de Sindicato Cidadão das entidades filiadas à Confederação.
“Os comitês vão debater o Brasil que a gente quer”, observou Vinícius. As discussões serão orientadas por grandes eixos, como soberania nacional, defesa das empresas públicas, reforma tributária e um sistema financeiro justo. “A ideia é que os comitês cresçam e se tornem fortes para orientar mobilizar o debate sobre temas importantes para a classe trabalhadora, além de produzir materiais de divulgação e formação das categorias do ramo financeiro e de toda a classe trabalhadora”, completou.
De acordo com o vice-presidente da Contraf-CUT, este ano de eleições é decisivo, não apenas para eleger candidatos comprometidos com as causas populares, tantos para os cargos do Poder Executivo (Presidência da República e governos estaduais e do distrito federal) e Legislativos (assembleias estaduais e câmaras distrital e dos Deputados). “Os comitês também precisam definir estratégias para a mobilização permanente dos trabalhadores, para além do período eleitoral”.
A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, observou que a boa estrutura de organização da categoria é fundamental para que os comitês de Luta dos Bancários fortaleçam o debate sobre a atual crise do país. “Apenas uma sociedade consciente e bem informada consegue defender os seus direitos e manter suas conquistas”, advertiu.
Para Juvandia, a classe trabalhadora não pode repetir o erro de não se manter organizada, pois, mesmo depois de uma série de governos democráticos, de cunho popular, o desmonte de políticas que favoreciam o Estado Democrático e o fortalecimento das instituições ocorreu de uma forma muito rápida.