Bancários cobram proposta decente dos bancos

27/09/2016 - Por Bancários CGR

Nova reunião, nesta terça; bancos abusam ao manter trabalhadores na greve que hoje chega aos 22 dias, mesmo num cenário em que ganharam tanto

Hoje, às 14h, tem negociação. A federação dos bancos respondeu ofício encaminhado pelo Comando Nacional dos Bancários na sexta-feira, no qual os dirigentes sindicais avisavam estar reunidos em São Paulo para avaliar a paralisação e reiteravam a disposição para negociar.

Trabalhadores e sociedade estão revoltados com os banqueiros que, apesar do lucro de quase R$ 30 bi somente nos seis primeiros meses deste ano, jogaram a categoria na greve que hoje completa 22 dias.

“Esperamos que eles voltem à mesa de negociação com uma proposta condizente com seus lucros. Os trabalhadores e a população não podem ser prejudicados por essa postura irresponsável dos banqueiros”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando.

“Os bancários querem reajuste digno, valorização dos vales, do auxílio-creche, melhores condições de trabalho, mecanismos de proteção ao emprego, nenhum direito a menos”, avisa a dirigente.

Fator golpe – A campanha dos bancários se dá num cenário de tentativa de golpe nos direitos dos trabalhadores. “Os bancos se aproveitam desse cenário, compactuam com o governo e o Congresso, são sócios dessa tentativa de retirada de direitos”, critica Juvandia. “Interessa aos banqueiros mexer na Previdência, aprovar a terceirização, defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita gastos sociais, e a flexibilização na legislação trabalhista. De uma forma geral, querem reduzir o custo do trabalho e estão tentando fazer isso nessa campanha com a categoria bancária impondo reajuste rebaixado. Vivemos um momento de crise econômica, mas os bancos continuaram ganhando na crise. Nossa greve é uma reação a tudo isso! Cobramos dos bancos a responsabilidade que os bancários e a população brasileira merecem.”

Greve continua – No Brasil, o número chegou a 13.420 agências – o que representa 57% das unidades – e 33 centros administrativos.


 
Fonte: Seeb-CGR com Seeb-SP

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