Bancários de Campina Grande e região fortalecem a greve, após rejeição da proposta de 7,5% de reajuste, sem abono

21/10/2015 - Por Bancários CGR

Os bancários de Campina Grande e região estão indignados com a proposta de 7,5% de reajuste, sem abono apresentada pela federação dos bancos (Fenaban) na segunda mesa de negociação nesta terça-feira (20). Mesmo com a retomada dos debates, marcada para hoje, a partir das 14h, os trabalhadores mantiveram forte o 16 º dia de paralisação.

“Os bancos podem sim apresentar uma proposta decente a categoria. Vamos deixar claro para a Fenaban que iremos continuar firmes, cobrando aumento real, reajustes dignos na PLR e vales, e garantias nas cláusulas sociais”, destacou Rostand Lucena, presidente do Sindicato.

A paralisação já atinge 95% das unidades, entre Campina Grande e as demais 17 cidades que compõem a base de atuação do Sindicato.

Saiba como foi a reunião do dia 20 de outubro

BB e Caixa – As direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal marcaram nova negociação da pauta específica para depois da reunião com a Fenaban, que será retomada às 14h desta quarta-feira (21).

Mobilização continua

Durante a reunião, Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, reforçou à Fenaban que a categoria não aceita redução de salários. "Sobre o ponto de vista da esperança que os bancários tinham de que ontem os banqueiros iam começar um debate do ganho real, foi frustrante. Apresentaram uma proposta de reajuste de 7,5%, que representa uma redução de salário. Nós avisamos para eles, nós não estamos aqui para discutir redução de salário", explica.

Por outro lado, a retomada da negociação foi positiva. "Demonstra uma vontade de acertar uma campanha que seja boa para os dois lados. Esperamos que os banqueiros realinhem essa posição e tragam para a gente uma nova proposta, que seja reposição da inflação mais um ganho real. É isso que esperamos ouvir ainda hoje", diz.

Enquanto isso, a greve continua. "Nós temos que continuar mobilizados, determinados, com unidade, para mostrarmos que continuamos indignados e que queremos, com a força da greve, dobrar a intransigência deles. Além da reposição da inflação e do ganho real, queremos reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, saúde e igualdade de oportunidade. Principalmente, nós queremos que acabem com as demissões, a rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis", reforça o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Seeb_CGR com Contraf_CUT

 

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