Bancários de Campina Grande e região permanecem com atividades paralisadas

27/09/2011 - Por Bancários CGR

Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira 27 os funcionários de bancos públicos e privados estão paralisando as atividades na luta por uma proposta da federação dos bancos (Fenaban) que contenha aumento real nos salários maior, melhora da PLR e dos pisos e por condições dignas de trabalho.

No primeiro dia do movimento teve uma boa adesão de trabalhadores dos bancos públicos e privados. É importante que os bancários ajudem a fortalecer a paralisação em todos os locais de trabalho, em agências e departamentos e denunciem ao Sindicato caso ocorram ameaças ou pressão.

Balanço parcial feito pelo Sindicato revela que todas as agências bancárias de Campina Grande permaneceram fechadas. No interior a adesão também já é crescente, permaneceram fechadas as agências dos municípios de Areia, Esperança, Arara, Soledade, Lagoa Seca, Ingá e Cuité.

Culpa é dos bancos - Após um mês e meio e cinco rodadas de negociação, os bancos, além de oferecer baixo reajuste salarial, disseram "não" às demais reivindicações como valorização nos pisos, participação maior nos lucros e resultados, melhoria nas condições de trabalho e saúde, mais segurança, mais contratações – o que permitiria melhorar o atendimento nas agências e reduziria o ritmo estressante de trabalho.

Os banqueiros que atuam em um dos setores mais lucrativos do país levaram os bancários à greve. Esse reajuste está aquém do reivindicado pela categoria e do crescimento de 20% no lucro dos bancos.  Os sete maiores bancos do país acumularam ganhos de R$ 26,5 bilhões só nos seis primeiros meses de 2011. Estamos abertos à negociação. Está na mão dos bancos apresentar uma proposta decente e por fim à greve.

Clientes – O autoatendimento das agências está aberto à população. “Os clientes não podem ser prejudicados. Pagam aos bancos o maior juro do planeta e merecem atendimento de qualidade. Os donos de banco precisam exercer sua responsabilidade social e respeitar bancários e clientes”, afirmou Juvandia, destacando que a população deve cobrar dos bancos a isenção de pagamento de taxas e juros em caso de atraso no pagamento de contas.

Contraproposta dos patrões - A Federação dos Bancos (Fenaban) propõe reajuste de apenas 8% sobre os salários, PLR e demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/baba, dentre outras). Esse índice representa somente 0,56% de aumento real, além de não trazer aumento maior para a PLR, nem a valorização do piso.

Clientes – O autoatendimento das agências está aberto à população. O Comando Nacional dos Bancários teve a preocupação de não permitir que a sociedade pagasse pelos erros dos banqueiros, afinal, os clientes já pagam aos bancos o maior juro do mundo, merecem, no mínimo, um atendimento de qualidade.

Fonte: Seeb-CGR

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