Bancários de Campina Grande participam do III Congresso da Fetrafi-NE

06/06/2017 - Por Bancários CGR

O Sindicato participou nos dias 2, 3 e 4 de junho, do III Congresso da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi/NE), que teve como tema “Em Defesa da Democracia e dos Direitos dos Trabalhadores – Não ao Retrocesso e Contra a Precarização do Trabalho” e foi realizado no auditório do Hotel Praia Centro, em Fortaleza – CE. Delegações de sindicatos de bancários de todo Nordeste marcaram presença.

Os diretores Rostand Lucena, Esdras Luciano e José Helly representaram os bancários de Campina Grande e região.

O evento foi aberto pelo secretário-geral da Fetrafi-NE, Marcelo Alves, que saudou os presentes e procedeu à formação da mesa com o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten; e o presidente da Fetrafi-NE, Carlos Eduardo, além das falas de outros presidentes de Sindicatos do Nordeste.

Na palestra de abertura do evento, o jornalista e colunista Altamiro Borges fez uma análise de conjuntura direcionada às iniciativas de fortalecimento de comunicação contra hegemônica e os desafios da comunicação sindical.

“Precisamos estar cientes de que para fortalecer o campo da comunicação dos movimentos é necessário ter investimento e conscientização dos próprios sindicatos. Existem grandes meios de comunicação contra hegemônica que dão vez e voz à classe trabalhadora como, por exemplo, a Revista Carta Capital e a TV dos Trabalhadores (TVT) e esses veículos precisam ser estimulados com investimento”, abordou.

No segundo dia, as análises de conjuntura feitas pelo professor-doutor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Sicsu, e do presidente da Contraf-CUT abordaram o problema vivenciado atualmente pelos bancos públicos, ante o ataque do governo ilegítimo.

Para o professor, a classe trabalhadora precisa se mobilizar cada vez mais diante o constante ataque e ameaças de fechamento dos bancos públicos. “Fechar os bancos públicos ou diminuir suas atividades não seria um problema só para correntistas e acionistas e, sim, um problema social, visto que esses bancos conduzem programas sociais extraordinários a exemplo do Crediamigo, do Banco do Nordeste, que estimula a inclusão produtiva da população carente. Por isso, a defesa dos bancos públicos tem que ser feita não somente pelos bancários, como por toda a sociedade”.

À tarde, Bárbara Vasquez, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), falou sobre as ondas de inovação tecnológica no setor bancário e as tendências de adaptação dos mercados internacionais com o impacto do mundo digital no trabalho. “O que tende a acontecer daqui pra frente é que vai se estabelecer um número restrito de bancários, enquanto as demais pontas de atendimento serão feitas por terceirizadas”. Ainda segundo a economista, esse cenário trará consequências sociais, “se o mercado funciona mais polarizado aprofundam-se as desigualdades na sociedade”, avaliou.

Após a palestra, o presidente da Fetrafi-NE, Carlos Eduardo, fez um balanço sobre a gestão da Federação nos últimos quatro anos e iniciou o debate para construção dos planos de luta do segmento. Segundo ele, as principais expectativas são que as bases sejam fortalecidas, e haja um maior engajamento da categoria.

O Congresso culminou com a aprovação, por unanimidade, do Plano de Lutas e a eleição da diretoria da Fetrafi-NE, que continua sob o comando de Carlos Eduardo.

Plano de Lutas da Fetrafi-NE:
– Ampliar o processo de comunicação com todas as instituições – além do site, investir ainda mais nas redes sociais e em Rádio/TV na Web;
– Produção de conteúdo de interesse comum – constituir uma assessoria que irá garantir a integração do conteúdo entre as instituições, com assessoria permanente do DIEESE;
– Promover mais seminários que tenham a ver com cada secretaria;
– Criação de subsedes no Rio Grande do Norte e no Maranhão, de organização dos bancários;
– Criar agendas de contribuição a projetos da classe trabalhadora para desenvolvimento do NE e do país;
– Incentivar os sindicatos da Fetrafi a promoverem mais encontros estaduais;
– Fortalecer o processo de organização e participação de todos os sindicatos da Federação nas Comissões de Negociação, por bancos e por temas de luta;
– Buscar a unificação de pareceres jurídicos entre os sindicatos para ampliar a defesa dos direitos sindicais dos trabalhadores.

Fonte: Seeb-CGR com Seeb-PE

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