Bancários do Santander e Real retomam negociações sobre a fusão nesta terça

05/01/2009 - Por Bancários CGR

A Contraf-CUT e representantes das Comissões de Organização dos Empregados (COEs) retomam nesta terça-feira, dia 6, às 15 horas, as negociações com o Santander e o Real sobre o processo de fusão. A rodada ocorre no Salão Nobre do prédio do Edifício Banespa, na Praça Antônio Prado, no Centro de São Paulo.

Um dos temas em discussão com os dois bancos será a proposta de antecipação da aposentadoria, o chamado pijama, já implantado anos atrás no Santander Banespa, a exemplo da Espanha, como forma de evitar demissões e proteger os empregos, destaca o diretor do SindBancários e da Contraf-CUT, Paulo Stekel.

Também será debatida a redação final do aditivo à convenção coletiva e do Programa de Participação nos Resultados (PPR), a fim de que os sindicatos possam debater os avanços com os trabalhadores e convocar as assembleias para a deliberação acerca da assinatura do instrumento, ressalta o diretor do SindBancários e da Afubesp. Ademir Wiederkehr.

Fusão será concluída em 2010

Segundo notícias da imprensa, a fusão deve ser concluída em 2010, com a unificação total do sistema e a integração dos 3,5 mil pontos da rede. Quando isso ocorrer, o grupo deve também adotar apenas uma marca, a do Santander. As informações são do presidente do grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa, em entrevista ao jornal Valor Econômico. Segundo ele, a integração também caminha bem do ponto de vista cultural.

Barbosa informa que a fusão de direção e gestão dos bancos Santander e Real foi concluída em apenas cinco meses, após a aprovação pelo banco central holandês da compra do ABN Amro pelo grupo espanhol, em 22 de julho. Um comitê formado por quatro executivos provenientes do Santander e quatro do Real, comandados por Barbosa, dirige o grupo.

O presidente do banco acredita que a integração será facilitada quando a sede do Santander mudar para o prédio novo, perto da marginal do rio Pinheiros, no segundo trimestre de 2009. O grupo ficará então distribuído em apenas dois prédios, o novo e o de Santo Amaro, e não mais espalhado pelos seis atuais. O prédio da Paulista, sede tradicional do Real, será disponibilizado, segundo Barbosa.

Um ano depois da compra do Real pelo Santander, os sindicatos já contabilizam mais de mil demissões nos dois bancos neste período. O Sindicato está negociando com o Santander instrumentos que garantam a manutenção dos empregos no Brasil. É um absurdo que num negócio tão grande como este, que envolve dos gigantes do sistema financeiro, o único prejudicado seja o trabalhador, reclama o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.

Fonte: Seeb Porto Alegre - RS

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