Bancários entram em greve a partir desta terça-feira

05/10/2015 - Por Bancários CGR

Greve. Essa é a resposta que bancários de todo o país darão a partir desta terça-feira (6) ao desrespeito e intransigência dos bancos. A deflagração do movimento grevista por tempo indeterminado foi definida em assembleias realizadas quinta-feira da semana passada, 1º de outubro.

A decisão de paralisar as atividades em agências e unidades segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Na última rodada de negociação, em 25 de setembro, a Fenaban ofereceu reajuste irrisório de 5,5% para salários e outras verbas, e um abono de R$ 2.500. A proposta foi considerada um retrocesso e um desrespeito à categoria.

Em reunião realizada na última sexta-feira (2), o Comando avaliou que sem aumento real não tem acordo. "Eles querem aproveitar o momento político instável do Brasil para rebaixar a força do movimento sindical. Mas, eles vão se decepcionar. Os trabalhadores unidos mostrarão toda sua força de mobilização na greve", destacou o presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, Roberto Von der Osten.

No encontro, foram definidas estratégias para a greve e para as assembleias de organização, que acontecem nesta segunda-feira. Foram repassados também informes sobre o andamento das negociações dos bancos públicos.

Para Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), a proposta rebaixada da Fenaban foi agravada pelas sucessivas negativas do banco às reivindicações específicas dos trabalhadores. “Conhecemos bem essa política de reajuste abaixo da inflação e abono. Com essa intransigência, após 11 anos consecutivos de ganhos reais e avanços econômicos, os bancos estão nos empurrando para a greve mais uma vez. É hora de mobilização da categoria em todo o Brasil”, enfatiza.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real); PLR: 3 salários mais R$ 7.246,82; piso: R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 788 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações,  igualdade de oportunidades, entre outros.

Comunicado

Na sexta-feira, o Comando Nacional enviou um oficio à Fenaban, para oficializar a aprovação de greve nacional unificada pela categoria. Na quarta, o Comando já havia informado à Fenaban de que estaria reunido e aberto para uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores.

Fonte: Fenae Net

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