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Bancários exigem fim de gestão adoecedora nos bancos

24/07/2024

Menos metas, mais saúde: 76,5% de bancários consultados declararam terem tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho, no último ano

Bancários realizaram, em todo o país, nesta quarta-feira (24) o “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde”, com ações nas redes sociais, nas ruas e agências contra modelo de gestão dos bancos que têm determinado condições de trabalho adoecedoras.

Em Campina Grande, o Sindicato esteve em diversas agências do Centro da cidade, mobilizando e dialogando sobre o adoecimento da categoria relacionado as metas abusivas e as cobranças excessivas pelo resultado. 

O Dia Nacional de Luta acontece um dia antes da quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A pauta do encontro será saúde e condições de trabalho, com foco na política de metas praticadas pelas empresas.

Durante as visitas, os dirigentes sindicais criticaram e denunciaram as práticas abusivas dos bancos, que cobram metas absurdas, assediam e adoecem os trabalhadores.

Os representantes dos trabalhadores também fizeram um alerta a categoria sobre dados alarmantes divulgado na Pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”, realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), e divulgada no final de 2024, que revela que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Destes, quase metade estavam em acompanhamento psiquiátrico.

Discursos e práticas de controle

Outros resultados da “Pesquisa Nacional da Contraf-CUT: modelos de gestão e patologias do trabalho bancário” foram:

- 69,8% indicaram, no trabalho, a presença intensa de discursos e práticas com foco em metas, controle exacerbado e uso de ameaças como ferramentas de gestão.
- 58,8% a presença intensa de relações competitivas, com exclusão de funcionários na tomada de decisões, distribuição injusta e disputas estimuladas pela chefia.
- 88,7% a presença intensa de relações produtivistas que geram pressão sobre a vigilância de resultados e causam, no trabalhador, sentimento de insuficiência para a realização de tarefas.

Saúde mental deve ser uma prioridade, para um ambiente de trabalho mais humano e saudável. “Nossa luta é melhores condições de trabalho e por um ambiente de trabalho mais saudável” afirma o presidente do Sindicato, Esdras Luciano. 

 

Fonte: Seeb-CGR com Contraf-CUT

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