Bancários participam de palestra sobre os impactos das reformas previdenciária e trabalhista para categoria

18/05/2017 - Por Bancários CGR

O Sindicato realizou na noite desta quarta-feira (17), no auditório da entidade, a palestra “Impactos das Reformas Previdenciária e Trabalhista para a categoria bancária”. Os preletores do evento foram os advogados Caio Graco, do escritório Coutinho & Gurjão Advocacia, e Andrey Levi, do Escritório Magalhães & Magalhães.

Os advogados especialistas em Direito Trabalhista e Internacional, pontuaram as fragilidades e os danos das reformas para os trabalhadores. De acordo com o Caio Graco apesar de ainda ser uma especulação, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 287/16, que trata da reforma da Previdência, trará danos irreparáveis para o trabalhador. “O que os deputados estão prevendo é uma coisa terrível, que o Brasil não comporta”, frisou.

Segundo o advogado, a reforma da Previdência tem consequências muito mais profundas do que o trabalhador pode imaginar. Se aprovada, a aposentadoria no Brasil passaria a ser uma ilusão, um alvo inatingível para a grande maioria da população.

No tocante a Reforma Trabalhista, Andrey Levi ressaltou que um dos maiores malefícios do projeto, é que ele precariza o trabalho e concentra a renda na mão de quem não tem. “Temos que parar de olhar o exemplo de países, como os Estados Unidos, que apesar de ter uma economia flexibilizada, não tem direitos trabalhistas. No Brasil, a coisa é bem diferente. Os trabalhadores correm o risco de ganharem apenas um salário mínimo”, disse.

Os advogados também lembraram que outros danos nefastos da reforma Trabalhista, é que ela pode excluir do contrato o pagamento pelas horas que se gasta para chegar ao trabalho quando é de difícil acesso, reduzir os valores de indenização por danos morais, fazer prevalecer os acordos entre patrões e empregados sobre a lei, possibilitar a redução de salário e o aumento da jornada de trabalho, além de fragilizar o acesso a justiça.

O presidente do Sindicato, Rostand Lucena, reforçou a preocupação da entidade com a categoria, enfatizado, a importância de deixá-los bem informados sobre a atual situação do nosso país. “O que o governo está tentando fazer é tolher os direitos dos trabalhadores. É extremamente necessário à união de todos nesse momento de crise, para que juntos possamos construir estratégias para barrar as políticas calamitosas do atual governo”, ressaltou.

Andrey Levi lembrou ainda que “quem faz um Sindicato forte não é nome, não é classe. É a categoria". E incentivou os trabalhadores a serem parceiros do seu sindicato. “Somente um sindicato forte é capaz de enfrentar em pé de igualdade a intransigência patronal e proteger os direitos dos trabalhadores”, disse.

Fonte: Seeb_CGR

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