Bancários pressionam e garantem maior participação no projeto-piloto de segurança

17/12/2013 - Por Bancários CGR

altDepois de muita pressão da Contraf-CUT e do Sindicato, os bancos aceitaram a maioria das reivindicações apresentadas na primeira reunião do Grupo de Acompanhamento do Projeto-piloto de Segurança Bancária (leia aqui). Na segunda reunião, realizada nesta segunda-feira, dia 16, os bancos atenderam demandas importantes que acabam ampliando a participação dos bancários no projeto.

“Este projeto-piloto é uma conquista dos bancários, garantida com muita luta na Campanha Nacional de 2012. Por isso, o Sindicato e a Contraf-CUT querem ser protagonistas desse processo e não coadjuvantes como pretendia a Febraban na primeira reunião do grupo. Graças à nossa pressão, conseguimos garantir mais participação neste importante projeto”, afirma a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Entre as reivindicações atendidas pela Febraban está a realização de reuniões ampliadas do grupo com a participação de representantes das 209 agências bancárias de Recife, Olinda e Jaboatão que integram o projeto-piloto. Segundo o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, a ideia é realizar, já em janeiro, reunião com com todas as agência para explicar como está a implantação do projeto-piloto e garantir o envolvimento de todos os gestores.

“Vamos dividir as 209 agências em quatro turmas para, em dois dias, realizarmos encontros com todas elas. Vamos mostrar para os gestores como funciona o projeto-piloto e o que os bancários podem fazer para garantir o sucesso dessa conquista tão importante para a vida dos funcionários e clientes dos bancos”, explica Ademir.

Os bancos também aceitaram a reivindicação dos bancários de realizar uma reunião específica com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, Comando da Polícia Militar de Pernambuco, o Delegado-geral da Polícia Civil para ampliar o acompanhamento das ocorrências de assaltos e ataques às agências de Recife, Olinda e Jaboatão.

“Já entramos em contato com a SDS e pré-agendamos uma reunião para a semana que vem. Queremos acompanhar de perto as ocorrências para verificar os problemas que continuam acontecendo e propor soluções para aumentar a segurança”, afirma Jaqueline. Segundo ela, os bancos também aceitaram passar semanalmente, por telefone, as ocorrências registradas nas três cidades que integram o projeto-piloto.

Além da reunião com a SDS, os bancos aceitaram, ainda, outra proposta dos sindicatos que prevê a realização, também em janeiro, de uma reunião com outros signatários no projeto-piloto: o Ministério Público, as prefeituras das três cidades e o Governo do Estado.

Por fim, os bancos apresentaram uma proposta de calendário de reuniões para o primeiro semestre do ano que vem, com encontros periódicos do grupo de acompanhamento do projeto-piloto e da mesa temática de negocião sobre segurança que a Contraf-CUT mantém com a Fenaban.

“Vamos fechar oficialmente essas datas, mas é muito importante que a gente se reúna com frequência para discutir o problema da insegurança nos bancos. Esta mesa de negociações permanentes, aliás, prevê o acompanhamento das estatísticas de ataques a bancos em todo o Brasil. Queremos envolver esses dirigentes nacionais também na discussão do projeto-piloto que, embora funcione em Recife, Olinda e Jaboatão, interessa a todo o país. Queremos que ele funcione, de fato, para que em breve o restante do Brasil tenha os mesmos equipamentos de segurança nas agências”, diz Ademir.

Sem avanços – Das reivindicações apresentadas pelos bancários na primeira reunião do grupo de acompanhamento do projeto-piloto, os bancos continuaram negando três importantes demandas. A primeira delas é o acesso dos sindicatos aos boletins de ocorrência registrados em Recife, Olinda e Jaboatão com os ataques a bancos. O segundo item é a participação da Confederação Nacional dos Vigilantes e do Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco no projeto-piloto. E o terceiro é a isenção de tarifas para transferência como forma de desestimular o saque e combater o chamado crime da saidinha de banco.

“Vamos continuar insistindo nessas três reivindicações. Sobre os boletins de ocorrência, vamos buscar o acesso por outros meios, seja pela polícia ou pela SDS. Ao negar essa demanda, a Febraban deixa o processo menos transparente, o que é lamentável. Também fazemos questão da participação dos vigilantes, já que são eles que operam as portas de segurança, as armas e os coletes a prova de balas previstos no projeto-piloto. Sobre a isenção de tarifas para transferência, nossa proposta vai ao encontro do que diz a Febraban sobre a importância de desestimular o saque nos caixas eletrônicos e nas próprias agências. Quer melhor estímulo do que a isenção de tarifas para transferência?”, ressalta Ademir.

Segundo Jaqueline, apesar dessas três demandas negadas, a segunda reunião do grupo de acompanhamento do projeto-piloto foi bastante produtiva. “O primeiro encontro foi muito ruim, mas graças à pressão do Sindicato e da Contraf, conseguimos avançar bastante nesta segunda reunião”, avalia Jaqueline.

Além de Ademir e Jaqueline, representaram os bancários na reunião o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, e os diretores João Rufino e Suzineide Rodrigues, além do diretor do Sindicato de São Paulo Carlos Damarindo. Pela parte dos bancos, participaram da reunião representantes da Febraban e do Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander, Itaú e HSBC. O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) também passou a integrar o grupo de acompanhamento do projeto-piloto, conforme reivindicado pelos bancários na reunião passada.

Fonte: Seec PE

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