O Banco do Brasil vai ter que rebolar se quiser levar o Banco de Brasília (BRB). O Governo do Distrito Federal está fazendo de tudo para valorizar o banco e avisa que já tem outros dois pretendentes: o Bradesco e o Itaú. Bradesco e Itaú também já manifestaram interesse pelo BRB, conta um assessor do governador Roberto Arruda. Os dois bancos privados encaminharam recentemente ao GDF correspondência sobre o assunto. Para o GDF, o BRB vale R$ 2 bilhões.
O BB confirma o interesse no negócio, mas alega que não pode falar de valores. A consultoria Booz Company, contratada pelo BB para avaliar o BRB, ainda não concluiu seus trabalhos. O mercado estima que o valor do BRB não chegue à metade do que o GDF acha que vale. As negociações com o BB devem começar até o fim mês e não tem prazo para acabar. Além de buscar um acordo com o próprio BRB e o acionista controlador, no caso o GDF, a venda do BRB tem que ser aprovada pela Câmara Legislativa.
Neste primeiro semestre de 2009, o GDF elegeu como prioridade a aprovação de projeto na Câmara Legislativa que capitaliza o Banco de Brasília. Tudo tendo em vista à eminente venda da instituição. Pela proposta encaminhada em dezembro, o GDF propõe a mudança da legislação que estabeleceu o auxílio-alimentação dos servidores públicos locais para permitir o pagamento do benefício por meio de um cartão magnético emitido pelo BRB. Hoje, os servidores recebem a parcela em dinheiro, junto com o salário.
Com a alteração, o BRB passará a administrar os recursos destinados ao auxílio dos servidores da administração direta, de autarquias e fundações. Outra medida prevista no projeto é a autorização de desconto em folha de pagamento de parcelas destinadas ao BRB e de suas controladoras para seguros de acidentes pessoais e de veículos. A intenção do governo com as medidas é ampliar a margem de negócios do BRB e , por consequência, turbinar o valor de mercado do banco.
O assunto foi tratado na última segunda-feira, em reunião na Câmara Legislativa, com a presença do vice-governador, Paulo Octávio, e do chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, com a nova Mesa Diretora da Casa, que tomou posse no dia primeiro. Esse projeto é importante para as negociações em torno da venda do BRB, explicou Maciel.
Fonte: Seeb DF, com Correio Braziliense