Banco do Brasil vê rentabilidade mensal `per capita` crescer 31,4%
22/08/2011 - Por Bancários CGR
Pela primeira vez em mais de uma década, o Banco do Brasil viu crescer a  rentabilidade mensal per capita obtida em negócios com pessoas físicas.  O indicador, que desde 1999 alternava períodos de queda e de  estagnação, subiu 31,4% nos 12 meses terminados em junho de 2011,  informou o banco ao Valor.
 
 Por ser dado estratégico, normalmente guardado a sete chaves pelas  instituições bancárias, o BB não revela a cifra da chamada "margem de  contribuição" média por cliente não empresarial. Tampouco informa a  magnitude da redução ocorrida até 2009. Mas assegura que a variação  positiva retomada em meados de 2010 já recuperou o nível de  rentabilidade per capita anterior a 1999, pelo menos em valores  nominais.
 
 A rentabilidade total do banco não caiu. Ao contrário, há anos seguidos,  o BB tem anunciado resultados cada vez maiores, de receita e de lucro.  Por outro lado, por causa da agressiva política de capilarização de rede  e de expansão da base de clientes, o número de clientes pessoas físicas  cresceu proporcionalmente mais rápido, fazendo cair a rentabilidade  média por pessoa. 
 
 Essa clientela hoje é de 53,1 milhões de pessoas e responde por quase  70% do resultado do BB. "Nossa expectativa é de que o crescimento  continue forte", diz Sérgio Ricardo Miranda Nazaré, titular da recém  criada Diretoria de Clientes Pessoas Físicas.
 
 A virada é atribuída à mudança de estratégia de fidelização de clientes  que vem sendo implementada há dois anos e da qual a mais emblemática  ação tática foi a criação, recentemente, da diretoria comandada por  Nazaré. O banco passou a dar mais atenção à melhoria do relacionamento,  em vez concentrar preocupações em criar produtos e serviços novos,  diferenciados da concorrência.
 
 A nova diretoria chega para cuidar exclusivamente do relacionamento com  pessoas físicas. A alteração no organograma acaba de vez com a diretoria  de varejo, que ao longo dos últimos anos já tinha sido esvaziada pela  criação de diretorias que absorveram parte de suas antigas funções, como  a de cuidar da relação com micro e pequenas empresas e ainda de  diversos produtos de varejo, como crédito, seguro, previdência e  cartões.
 
 Segundo Nazaré, produtos de captação de recursos junto a pessoas  físicas, que ainda estavam na agora extinta varejo, não ficarão aos  cuidados da nova unidade. Parte deles - a de fundos de investimento - já  migrou para a BB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. A  captação em depósitos a prazo e em poupança ficou na nova diretoria, mas  só provisoriamente. Em breve, isso também passará para outra unidade,  nova ou já existente.
Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico
