Os bancos em atividade no Brasil estão longe de ter responsabilidade social. De olho no dinheiro, demitem em massa, sobrecarregam e adoecem os bancários e causam transtornos aos clientes. A política causa prejuízo também à economia.

O problema vem de longas datas. Mas, ganhou força nos últimos anos, com o avanço da tecnologia. Para se ter ideia, entre janeiro de 2014 e fevereiro deste ano, 70.445 bancários foram demitidos. Um prejuízo a toda cadeia produtiva, já que com mais gente desempregada, o consumo reduz e o mercado sente. 

Em contrapartida, o lucro disparou. No período analisado, passou de R$ 770 bilhões. Somente em 2022, os bancos lucraram R$ 139 bilhões. Este ano deve ser de mais recorde. O balanço do primeiro trimestre de BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander chegou a R$ 25,1 bilhões. Mas as demissões continuam, com o corte de 2.662 postos de trabalho no mesmo período. 

Os privados são os que mais enchem os cofres e demitem. No Bradesco foram 1.276 cortes em um ano. O Itaú aparece em seguida com menos 1.141 vagas. O Santander divulgou ampliação do quadro, com 561 novos funcionários. No entanto, esconde que os profissionais são terceirizados e não fazem parte da categoria bancária. Portanto, não tem qualquer direito previsto na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).