Bradesco Bancos

Bancos serão ouvidos na CPI da Previdência

19/06/2017 - Por Bancários CGR

São Paulo – A Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência, instalada no Senado, vai ouvir, na segunda-feira 19, representantes dos cinco bancos que mais devem à Previdência Social: Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil. Juntas, as maiores instituições financeiras do Brasil devem mais de R$ 1,3 bilhão.

A Caixa possui a maior dívida, de aproximadamente R$ 550 milhões; seguida pelo Bradesco, com R$ 465 milhões, Banco do Brasil, R$ 208 milhões; Itaú, cerca de R$ 89 milhões; e Santander, R$ 80 milhões.

“É simbólico que, enquanto pretende acabar com a aposentadoria por meio da `reforma` da Previdência, o governo Temer ignore a dívida bilionária dos bancos, o setor mais lucrativo deste país. Isso mostra que o governo tem lado, e não é o dos trabalhadores”, critica a diretora do Sindicato e bancária do Itaú Marta Soares.

“Os bancos privados, beneficiados pelo desmonte da previdência pública no Brasil com o aumento de demanda por seus planos privados, estão entre os maiores devedores s e também entre os maiores interessados no fim da aposentadoria via INSS. A `reforma` proposta por Temer premia os devedores e pune trabalhadores, que contribuem em dia”, acrescenta.

Greve Geral – Para pressionar os parlamentares a não aprovarem as reformas da Previdência e trabalhista, em defesa dos bancos públicos, pela destituição de Temer e por eleições diretas para a Presidência, Câmara e Senado, as centrais sindicais convocaram uma nova greve geral para 30 de junho, data que pode ser adiantada conforme a tramitação dos projetos que ameaçam os direitos dos trabalhadores no Congresso. Para referendar a paralisação na base do Sindicato, serão realizadas assembleias nos locais de trabalho nos dias 20 e 21.

Esquenta – No dia 20 também será realizado Dia Nacional de Mobilização contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Organizado pela CUT, demais centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o protesto será nacional, com atividades por todo o país, e servirá como esquenta para a greve geral. Em São Paulo, haverá manifestação na Praça da Sé, a partir das 17h.

Reaja! – Além da greve geral e das mobilizações, é preciso manter a pressão sobre os parlamentares também pelo mundo digital, enviando e-mails para alertá-los de que, se votarem a favor das reformas, não serão reeleitos. A reforma da Previdência ainda está na Câmara, então mande e-mails para os deputados. A trabalhista já foi aprovada pelos deputados e agora está no Senado, então, mande e-mail para os senadores.

Fonte:SP Bancários

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