O Banco do Estado de Sergipe (Banese) alcançou um marco significativo no 1º semestre de 2024, com um lucro líquido de R$ 72,6 milhões. Este resultado representa um crescimento de 2.588,9% em comparação aos R$ 2,7 milhões obtidos no mesmo período de 2023. O desempenho no 2º trimestre de 2024 (R$ 55,2 milhões) também foi expressivo, com alta de 217,2% em relação ao trimestre anterior (R$ 17,4 milhões).

Segundo o relatório divulgado pelo banco, o resultado foi impulsionado pelo crescimento das receitas de operações de crédito, aplicações financeiras, equivalência patrimonial, captações, além de uma melhora nos níveis de risco e controle rigoroso das despesas administrativas. A reversão de provisões fiscais também contribuiu para o resultado positivo.

Os ativos totais do Banese cresceram 17,4% em 12 meses, atingindo R$ 10,1 bilhões ao final de junho de 2024, com um aumento de 3,9% no trimestre. As captações da instituição também apresentaram um crescimento robusto, subindo 18,2% em relação ao 1º semestre de 2023, alcançando R$ 9 bilhões. O patrimônio líquido do banco, indicador do capital próprio, registrou uma alta de 19,6% no período, totalizando R$ 714,7 milhões.

A carteira de crédito do Banese atingiu R$ 4,4 bilhões, crescimento de 14,1% em 12 meses e 5,9% no trimestre. A carteira comercial voltada ao segmento Pessoa Física destacou-se com R$ 2,7 bilhões, um aumento de 13,7% em 12 meses, impulsionada principalmente pelas linhas de crédito consignado, que visam segmentos de menor risco. Em contrapartida, a carteira comercial destinada a Pessoas Jurídicas apresentou uma queda de 2,8%, R$ 342,4 milhões. A carteira de desenvolvimento, que inclui linhas imobiliárias, de financiamento e rural, registrou um crescimento expressivo de 20,5% em 12 meses.

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) caíram 17% em 12 meses, R$ 62,7 milhões, embora tenham apresentado alta de 30,5% no trimestre. Provisões para outros créditos também tiveram uma queda de 16% em um ano, com um aumento de 13,4% no trimestre. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,32%, uma alta de 1,14 pontos percentuais.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 12% em 12 meses, somando R$ 117,8 milhões. Entretanto, as despesas com pessoal e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aumentaram 17,7% no período, atingindo R$ 143,1 milhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 82,32% em junho de 2024, uma queda de 2,82 pontos percentuais em 12 meses.

Em termos de força de trabalho, o Banese contava com 963 funcionários ao final de junho de 2024, após a abertura de 43 postos de trabalho nos últimos 12 meses. O número de agências e postos de serviços permaneceu estável, com 63 agências e 9 postos de atendimento, enquanto a base de clientes cresceu em mais de 29,2 mil, totalizando 882.460, sendo 97,3% desse total do segmento Pessoa Física.

Fonte: Contraf-CUT