BB: A dissimulação como estratégia discursiva

01/02/2013 - Por Bancários CGR

Nos últimos dias, os funcionários do Banco do Brasil têm recebido vários Boletins Pessoais, editados pelo diretor Carlos Eduardo Leal Neri. Ao invés de esclarecer verdadeiramente o que o banco está fazendo, esses documentos servem apenas para contar histórias pela metade ou dissimular a realidade. Veja alguns exemplos que são esclarecedores.

Dizem os boletins:

PFG – “No Plano de Funções, há aumento de 12% no valor da hora de trabalho para quem optar pela jornada de seis horas, nas funções gratificadas. Ou seja, não haverá desvalorização do salário, mas uma redução do número de horas trabalhadas a serem pagas”.

O banco fala em aumento da hora de trabalho para esconder a diminuição real de 17% dos salários. Além do mais, o cálculo para redução salarial foi o mais prejudicial aos funcionários, considerando inclusive as verbas fixas, como o VP, o mérito, anuênios.

PFC – “Na próxima segunda-feira, vence o prazo estabelecido para que esses funcionários público-alvo de Função de Confiança possam decidir, voluntariamente, se desejam aderir ao Plano de Funções que esta empresa oferece aos seus colaboradores”.

Essa afirmação do banco beira o deboche. Como falar em “desejo” em aderir ao Plano de Funções de Confiança ou decisão voluntária se quem não aderir até segunda (04) será descomissionado? O nome disso é coação. Mas o banco prefere dissimular.

CCV – “Além disso, para conhecer o valor [da CCV] e negociá-lo com o banco, o sindicato da localidade onde o funcionário trabalha tem de aderir à cláusula do Acordo Coletivo que instaura a Comissão”.

O BB não conta aos funcionários que um dos pré-requisitos exigidos por ele para assinatura da CCV é a suspensão de todas as ações coletivas de 7ª e 8ª horas. Tentam jogar uns funcionários contra os outros e responsabilizar os sindicatos por impedirem o direito individual de negociação extrajudicial com o banco, quando quem se recusa a apresentar uma proposta diferenciada e impede a negociação é o próprio BB.

“A estratégia do banco é confundir, dissimular e dificultar que os funcionários tenham seus plenos direitos defendidos. Acompanhem as informações divulgadas pelo Sindicato e não aceitem esses tipos de provocações”, conclui André Machado, dirigente sindical.

Fonte: Seeb-Curitiba

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