BB: Contraf-CUT pede suspensão da reestruturação da Visin

21/01/2016 - Por Bancários CGR

Aconteceu nesta quarta-feira, 20 de janeiro, em Brasília, uma nova reunião entre a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionários, e o Banco do Brasil, para tratar do processo de reestruturação na Vice-Presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações (Visin), que envolve as áreas de logística, operações, plataforma do PSO e setor dos caixas das agências.

Os representantes dos funcionários apresentaram ao banco o quadro percebido nos locais de trabalho, em que há falta de informação, informações incorretas e dados inconsistentes. 
Foi cobrado do BB, mais uma vez, uma planilha com o quadro real dos cortes em cada praça em que haverá diminuição de cargos. A Comissão de Empresa argumentou que o compromisso do banco não foi cumprido e que até hoje não há informação real de cada cargo que será extinto ou remanejado de cidade.

Suspensão do processo
Os representantes dos funcionários solicitaram ao BB a suspensão do processo de reestruturação, considerando o grande tumulto causado nos locais, a falta de consistência nos sistemas de concorrências e a falta de comunicação formal aos funcionários dos locais envolvidos.

O BB ampliou o prazo de início da Verba de Caráter Pessoal (VCP), com garantia de manutenção da remuneração por 4 meses, de 25 de janeiro para 15 de fevereiro aos funcionários que não forem remanejados de praça ou que tiveram redução de salários. 
Os representantes dos trabalhadores consideraram o prazo insuficiente, uma vez que para muitos funcionários a única opção de permanecer com o cargo será o deslocamento de mais de 4 mil quilômetros.

Poucas garantias apresentadas
Dentro das cobranças apresentadas pela Contraf-CUT, de garantias aos funcionários, o BB informou que: está agilizando a quebra da trava de concorrência, fará um curso de capacitação para quem for para a rede de agências, vai garantir a migração na lateralidade de 6 ou 8 horas se houver o cargo no novo prefixo e, ainda, a garantia de extra-quadro como escriturário em agência de preferência do funcionário, analisando ao número de pedidos de cada local, para se evitar um número grande de extra-quadro na mesma dependência.

Os representantes dos funcionários argumentaram ao banco que poderá ocorrer problemas de migração e realocação mesmo nas cidades que aumentarão o quadro de pessoal, devido ao Plano de Funções, uma vez que pela regra alguns funcionários terão salário reduzido mesmo subindo de cargo.

Foi denunciado ao banco também a pressão de alguns gestores para que os funcionários façam opção de migração urgente, mesmo antes do prazo estabelecido pelo banco. Muitos gestores estão tentando dar um ritmo próprio e açodado, em alguns casos ameaçando funcionários de rebaixamento de cargos.

Avaliação
A Comissão de Empresa cobrou do BB que seja garantida aos funcionários a mesma remuneração para quem ficar extra-quadro nas agências, a extensão do VCP para 12 meses e adiar o prazo de início do VCP para além da data insuficiente de 15 de fevereiro.

Ficou acordado que o banco entregará semanalmente à Comissão uma planilha com o quadro de vagas e movimentações para que seja feito acompanhamento real. Ficou acertado para o dia 26 de janeiro a apresentação do quadro geral de movimentações até aquela data. Ainda será feito contato com outras áreas que não são da Visin para desbloqueio de vagas de cargos semelhantes, com o objetivo de melhor realocação dos funcionários que estão perdendo funções.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o pedido mais coerente neste momento é a suspensão do processo: “Nos parece que todos os tratores foram ligados e estão atropelando pessoas e processos. Faltam garantias concretas para os funcionários, como a de manutenção da remuneração em extra-quadro. Se o banco quer mudar tanto os serviços de local, que gaste um pouco mais de dinheiro e dê segurança financeira aos seus funcionários. Uma reestruturação que corta cargos em tantos locais, traz com certeza economia ao banco” afirma.

Segundo ele, é impressionante a falta de conhecimento que diversas áreas do banco têm do plano de funções imposto aos funcionários anos atrás: “As diretorias fazem reestruturações sem saber que tem gente que sobe de cargo e diminui salário, situação inusitada criada pelo plano de funções. Se a empresa realmente se preocupa com seus funcionários, deve usar um pouco a economia de milhões do plano de funções e manter os salários sem perda nas reestruturações.

Reunião em Curitiba
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realiza nesta quinta-feira, 21 de janeiro, uma reunião aberta a todos os interessado para esclarecer sobre o processo de reestruturação em curso no BB. O encontro acontece a partir das 18h30, no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários (Rua Piquiri, 380 - Rebouças). 

Contraf-CUT

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