BB: Fusão com a Nossa Caixa e mesas temáticas em pauta

30/01/2009 - Por Bancários CGR

altEm negociação, direção da empresa afirma que debate sobre terceirização e banco estadual será instalado

Os temas que serão debatidos nas mesas a serem instaladas para negociação entre representantes dos bancários do Banco do Brasil e da Nossa Caixa e a direção do BB foram discutidos em reunião entre as partes, nesta quinta, dia 29. Também foram abordadas pendências na negociação sobre a incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc).

O banco concordou com a instalação da mesa temática que tratará de terceirização e da incorporação do banco Nossa Caixa, faltando definir a data da efetiva instalação. Sobre os outros temas apresentados (PCCS, Previdência e Saúde), o banco ficou de responder na próxima negociação.

Em relação ao Besc e o processo de migração, a postura do banco foi negativa. Segundo o entendimento dos representantes dos trabalhadores, não houve respostas efetivas aos questionamentos apresentados nos dias 22 de dezembro e 15 de janeiro. Dentre as reivindicações apresentadas, a única atendida pelo banco foi de retroagir os valores do piso salarial e do caixa a 5 de janeiro para quem migrar até esta sexta-feira, dia 30.

Os representantes dos funcionários solicitaram do banco informações quanto à implantação do plano odontológico da Cassi, uma vez que a aditiva assinada na campanha salarial de 2008 determina prazo até junho para o novo benefício.

Nossa Caixa – Os dirigentes sindicais da Nossa Caixa ressaltaram durante a negociação os diversos pontos negativos na condução do processo de incorporação do Besc, problemas que não querem ver repetidos no caso da incorporação do banco paulista. O BB garantiu que o modelo de incorporação utilizado no banco catarinense não será usado na Nossa Caixa e que será dado o espaço e tempo necessário para que sejam discutidas todas as muitas questões específicas dos funcionários do banco público estadual, como anuênio, gratificação variável, impossibilidade de descomissionamento, acordo registrado na DRT, entre outras particularidades.

Previ –
Os trabalhadores entregaram ao banco documento no qual questionam o Fato Relevante do dia 23 de janeiro, uma vez que a Resolução 26 da CGPC, base daquele fato relevante, está subjudice, em virtude de cautelar concedida ao Sindicato dos Bancários de Brasília.

Segurança - O recente assassinato de um vigilante em um trailer do BB na cidade de Cabo Frio evidenciou a vulnerabilidade do modelo adotado pelo banco. O Sindicato dos Bancários de Niterói já havia questionado a superintendência por considerar que o sistema era inseguro e, infelizmente, os temores estavam corretos. Diante disso, foi proposta a realização de uma reunião com a diretoria de segurança do BB para que possamos discutir e apresentar propostas que melhorem a segurança dos trabalhadores e clientes.

Veja a íntegra do documento entregue ao BB questionando o Fato Relevante divulgado no dia 23/01

São Paulo, 29 de janeiro de 2009

Ao
Banco do Brasil S/A
DIRES
REF.: FATO RELEVANTE EMITIDO EM 23/01/2009

Sr. Negociador,

Servimo-nos da presente para alertar a essa Empresa que o Fato Relevante anunciado em 23 de janeiro, comunicando revisão de cálculos atuariais está em desacordo com as normas da CVM, uma vez que aquela norma prevê:

“Se o valor resultante do cálculo previsto na letra f for um ativo, este somente será contabilizado na patrocinadora se for claramente evidenciado que aquele ativo poderá reduzir efetivamente as contribuições da patrocinadora ou que será reembolsável no futuro.”

Ocorre que a PREVI ainda não apresentou o resultado do ano de 2008, do qual pretende se valer essa Empresa e, mesmo que o fizesse teria que se ater ao que reza a Lei Complementar 109/01:

“Constituída a reserva de contingência, com os valores excedentes será constituída reserva especial para revisão do plano de benefícios...”

Outro problema evidenciado ao ser ler a nota emitida pelo Banco do Brasil é que um dos fundamentos ali citados, a Resolução CGPC 26, de 29.09.2008, está sub judice em virtude de liminar concedida ao Sindicato dos Bancários de Brasília em face da União Federal, cuja cópia anexamos, tendo seus efeitos suspensos até julgamento do mérito.

Diante do exposto, conclamamos essa Empresa a rever o Fato Relevante citado acima, no sentido de resguardar os direitos de seus acionistas e também de seus funcionários.

Marcel Juviniano Barros
Coordenador da Comissão de Empresa

Fonte:Contraf/CUT

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