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BNB paga diferença de dividendos a acionistas, mas governo não autoriza PLR dos funcionários

29/04/2014 - Por Bancários CGR

altEm reunião da Contraf-CUT e sindicatos realizada ontem à noite, 28/4, com o presidente interino do BNB, Nelson Antônio de Souza, confirmou-se mais uma vez o alerta feito pelo Sindicato dos Bancários do Ceará em relação ao pagamento da 2ª parcela da PLR de 2013.

Na ocasião, o mandatário do Banco informou que ainda não havia conseguido junto aos órgãos competentes (DEST e Ministério da Fazenda) a aprovação para fazer o pagamento do direito do funcionalismo através do ajuste do balanço de 2012. Entretanto, informou à Comissão Nacional e à Contraf-CUT que os dividendos relativos ao ajuste daquele ano já foram pagos aos acionistas, incluindo aí o governo federal (maior acionista).

“Na nossa avaliação, o que está havendo é uma grande injustiça com os trabalhadores, porque o governo recebeu seus dividendos enquanto os funcionários ficam na dependência de uma autorização sem qualquer previsão para acontecer. Isso é, no mínimo, desrespeitoso”, analisa o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos Souza.

O dirigente informou que, diante do impasse, a Confederação, através de cada sindicato, deve acionar a justiça para fazer valer o direito da classe trabalhadora. “Diante do que nos foi exposto nessa negociação, não é mais a PLR de 2013 que está em jogo, mas o não cumprimento do acordo da PLR de 2012. Se os acionistas receberam o ajuste feito no balanço, por que os trabalhadores não receberam?”, questiona Carlos Souza.

O coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB e diretor do SEEB/CE, Tomaz de Aquino, ressaltou que um calendário de mobilizações foi aprovado hoje, 29/4, no seminário do Comando Nacional dos Bancários, que acontece em Brasília, prevendo a realização de paralisações em todo o País na próxima sexta-feira, 2/5, como forma de pressionar o Banco a pagar a PLR dos funcionários. “O calendário de luta aprovado pelo Comando Nacional prevê atividades crescentes, podendo culminar com uma greve por tempo indeterminado. Para isso ocorrer, é fundamental que todo o corpo funcional participe desses eventos, pois só a força da nossa mobilização irá pressionar o governo federal para que nosso direito conquistado em acordo coletivo seja garantido”, convocou Tomaz.

Entenda o caso – Tomando como base o lucro apresentado no balanço do BNB em 2013, muitos funcionários teriam de devolver parte do valor recebido como 1ª parcela da PLR, o que ocorreu no final da campanha salarial do ano passado. Diante disso, após pressão das entidades que compõem a CNFBNB/Contraf-CUT, a direção do BNB apresentou uma proposta para solucionar a questão, mediante o pagamento de diferença da PLR de 2012, verificada após ajuste do balanço daquele exercício.

Em reunião realizada no dia 7/3, o presidente do BNB informou que seria feita uma reversão de provisões realizadas a maior no exercício de 2012, o que reduziu o lucro do Banco e motivou a distribuição de uma PLR menor do que a que efetivamente deveria ter sido quitada. A compensação desses valores em 2013 permitiria ao Banco quitar a segunda parcela da PLR. Por sua vez, o Sindicato alertou para possíveis obstáculos no DEST e Ministério da Fazenda que poderiam dificultar a operação, o que acabou acontecendo.

Fonte: SEEB/CE

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