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Bradesco: A cortina do desemprego é o lucro
08/05/2025
O crescimento, celebrado pela empresa, vem à base de demissões, fechamento de unidades e uma política de metas adoecedora

O Bradesco registrou um lucro líquido de R$ 5,86 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O número representa aumento de 39,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento, celebrado pela empresa, vem à base de demissões, fechamento de unidades e uma política de metas adoecedora.
A estratégia por trás do lucro é clara: enxugamento de gastos às custas dos trabalhadores e da população. Entre um ano (março de 2024 a março de 2025) foram fechadas 420 agências e postos de atendimento.
O modelo de gestão não é moderno nem eficiente — é perverso. Sacrifica empregos e famílias para alimentar a rentabilidade dos acionistas. O bancário que fica é submetido a acúmulo de funções, metas abusivas, adoecimento psicológico e desvalorização constante.
A expansão dos lucros dos bancos é, na verdade, uma panela de pressão prestes a explodir sobre os ombros de quem produz a riqueza. Diante do espetáculo do capitalismo, o lucro se torna a cortina que esconde o desemprego, a precarização e o sofrimento de quem constrói a riqueza.