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Bradesco/HSBC: Bancários querem garantia de emprego

15/07/2016 - Por Bancários CGR

No último dia 13, o jornal Gazeta do Povo noticiou que o Bradesco irá manter as estruturas do HSBC em Curitiba, conforme entrevistas do vice-presidente responsável pela área de tecnologia, Maurício Machado de Minas, e do vice-presidente da rede de atendimento, Josué Augusto Pancini. A matéria, que repercutiu em toda a imprensa paranaense, fala de uma intenção do banco de “aproveitar a maior parte da estrutura disponível em Curitiba para gerar mais rentabilidade para o grupo”, mantendo agências bancárias, centros administrativos e o HSBC Global Technology (GLT), assim como “a maior parte dos quase 7 mil funcionários”.

No final de junho, a direção do Bradesco já havia se reunido com dirigentes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e da Fetec-CUT-PR para esclarecer sobre o período de transição. Na ocasião, o banco novamente garantiu que não fará demissões em massa e disse que todos os funcionários terão oportunidade de se adequar às novas estruturas. Apesar disso, os diretores da instituição financeira reiteraram que não há garantia de emprego para nenhum funcionário do HSBC ou mesmo do Bradesco.

“Nossas preocupações incluem a manutenção das agências e centros administrativos, mas sobretudo a manutenção dos empregos dos bancários. São as pessoas que mais importam nesse processo!”, destaca Elias Jordão, presidente do Sindicato. “O Bradesco já disse que não fará demissões em massa e manterá a estruturas em Curitiba. Queremos agora avançar nas negociações e garantir que nenhum funcionário, de ambos os bancos, seja prejudicado em seus direitos”, acrescenta.

“Sabemos que, na maioria dos casos de fusão e aquisição de instituições financeiras, em poucos anos as vagas dos bancos adquiridos são quase que completamente extintas, como foi o caso do Banestado comprado pelo Itaú e do próprio Bamerindus, adquirido pelo HSBC. Queremos um compromisso concreto com as pessoas”, afirma Júnior Cesar Dias, presidente da Fetec-CUT-PR. Mesmo fechando o primeiro trimestre de 2016 com lucro de R$ 4,113 bilhões, o Bradesco continua aditando uma política de corte de postos de trabalho. Em apenas um ano, de março de 2015 a março de 2016, foram 3.581 empregos a menos no segundo maior banco privado do país.

A representante do Paraná na COE/HSBC, Áudrea Louback, acrescenta ainda que o movimento sindical vai acompanhar de perto o período de transição: “Não há como conciliar interesses de patrões e empregados. Como patrocinador das Olimpíadas, o Bradesco precisa dar à sua imagem um verniz humanitário, o que não combina com os métodos autoritários da gestão do banco. Já demitiram trabalhadores com deficiência e impõem normas de vestimenta e outras restrições, como por exemplo a proibição do uso de barba. Isso é violação dos direitos dos trabalhadores. Assim não dá para acreditar nas promessas do banco!”, resume.

 

SEEB Curitiba

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