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Bradesco reafirma que não haverá demissão em massa com a compra do HSBC

22/06/2016 - Por Bancários CGR

Processo de integração de todo o sistema vai de 1º de julho a 7 de outubro. Representantes dos trabalhadores cobram garantia de emprego e direitos

Em reunião com as COE’s do Bradesco e do HSBC, que ocorreu na Cidade de Deus, na sede do banco Bradesco, na manhã desta quarta-feira (22), a diretora de RH do Bradesco, Glaucimar Peticov reafirmou que não haverá demissão em massa devido à compra do HSBC.

Dentro deste compromisso do banco, os representantes dos trabalhadores cobraram garantia de empregos para todos os funcionários do HSBC e do Bradesco, no qual o banco respondeu que não poderia assinar acordo de estabilidade, ressalvando que teria a intenção de aproveitar o quadro do HSBC e que a compra está sendo concretizada para o crescimento do Bradesco e não justificaria grandes processos de demissões.

Segundo o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, todos estes processos de fusão sempre trazem prejuízos aos trabalhadores por isso avisamos ao banco que estaremos acompanhando e monitorando todo o processo de transição, sua sequência e suas consequências para os trabalhadores. “Iremos acompanhar de perto para que os trabalhadores tenham seus direitos e empregos garantidos. Esperamos que de fato todos os compromissos assumidos pelo HSBC sejam cumpridos pelo Bradesco, como por exemplo, auxílio educação, recém renovado, pagamento de programa próprio, entre outros, como foi dito na reunião”, destacou Roberto.

Além da questão do emprego, os dirigentes sindicais cobraram do banco posição sobre temas como, previdência, bolsa educação, convênio médico, folha de pagamento, PLR e AB. Sobre a maioria dos temas o banco garantiu que vai respeitar os acordos já firmados com estudos a serem feitos no período de transição e com o tempo após levantar todos os dados irá adequando e negociando todos os benefícios aos moldes do que já é praticado pelo Bradesco.

De acordo com o diretor da Contraf-CUT e integrante da COE HSBC, Sergio Siqueira, estaremos atentos para que nenhum trabalhador seja prejudicado em nenhum momento pela transação entre os bancos. “Além da garantia do emprego, os direitos dos trabalhadores devem ser mantidos. Cobramos do banco o pagamento da PLR também para os funcionários do HSBC, inclusive a antecipação”.

Para o presidente do Sindicato dos bancários de Curitiba e Região, Elias Hennemann Jordão, o banco resgatou a sua história de aquisições/fusões de outros bancos e afirmaram que nunca houve demissões e massas. “Como o banco garantiu que tem a intenção de aproveitar o quadro oriundo do HSBC. Vamos ficar atentos, inclusive com a possibilidade de aproveitamento de várias áreas e departamentos em Curitiba. Estaremos atentos e mobilizados prontos para reagir se os trabalhadores forem penalizados em seus direitos principalmente no que diz respeito ao emprego”, disse.

Período de transição

O período de transição começa no dia 1º de julho, quando deve haver o pagamento pelo Bradesco, onde se desvincula o HSBC Brasil do resto do grupo HSBC ficando sobre administração do Bradesco. Este processo, deve ser finalizado no dia 7 de outubro, quando haverá a integração de todo o sistema.

Todos os benefícios dos funcionários do HSBC, permanecem como está até o dia 7 de outubro, após este período os benefícios ficarão a cargo do Bradesco. Se houver qualquer problema, como por exemplo, caso o funcionário esteja em tratamento de saúde, ele deverá ser tratado em especial com banco e acompanhado pelo Sindicato.

A partir de outubro a folha de pagamento passa a ser do Bradesco, onde as datas não coincidem com as do HSBC. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram que os compromissos dos trabalhadores do HSBC acompanhem a mudança de datas, como os financiamentos, seguros e cartões.

 

Fonte: Contraf-CUT

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