Na primeira rodada específica da Campanha 2016, representante do banco diz que não tem perspectiva de retomar contratações, não dá prazo para instalar login único e ignora diversas reivindicações
Contratações estão congeladas e não há perspectivas de serem retomadas, silêncio total para as reivindicações sobre o fim do caixa minuto e retorno da função de caixa e para outras propostas dos trabalhadores. Essa foi a postura dos representantes da Caixa Federal na primeira negociação específica da Campanha 2016 que discute a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Nessa primeira rodada, o objetivo dos integrantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) era o de resolver pendências das negociações durante o ano e, em seguida, iniciar as discussões da pauta específica. No entanto, a Caixa novamente emperrou as discussões.
Uma de nossas principais reivindicações é a contratação de mais bancários. Apenas neste ano saíram cerca de 2 mil bancários por meio do Plano de Apoio a Aposentadoria (PAA) sem que houvesse reposição. Também cobramos o fim do caixa minuto, revogação da medida que estabelece a extinção da função de caixa, mais respeito aos tesoureiros que mesmo sendo responsável pelo numerário das unidades estão tendo de atender ao público. Tudo foi ignorado.
Sipon
Um dos compromissos firmado pela Caixa e que corre risco de não ir à diante é a disponibilização de login único no ponto eletrônico (Sipon). A promessa da instituição na negociação da Campanha 2015 era de que seria adotado em todo o país a partir de janeiro de 2017. Na negociação, os interlocutores do banco disseram que o mecanismo começa a ser desenvolvido em janeiro de 2017 sem data para implantação.
Deixamos claro que se a Caixa quiser de fato resolver a questão da jornada, evitando até ações trabalhistas. Ela tem de acelerar essa implantação. O login único é uma das melhores formas de se acabar com a chamada jornada negativa, onde um gestor dispensa um bancário mais cedo para `descontar` quando o bancário tiver de ficar além da jornada. Tudo para não pagar hora extra.
Funcef
A CEE também cobrou a criação de comissão para discutir especificamente as questões do fundo de pensão (Funcef). Também na Campanha 2015, a empresa havia se comprometido em criar esse grupo, mas não levou adiante. Nesse caso os participantes reivindicam, por exemplo, que a Caixa se responsabilize integralmente pelo contencioso provocado por ações judicial e que haja a incorporação O representante do banco não se posicionou.
Saúde Caixa
Também ficou sem resposta a utilização do superávit do Saúde Caixa. Uma das propostas dos empregados, que havia sido aceita pela Caixa no ano passado, é a redução da coparticipação dos bancários de 20% para 15%. Fato que até agora não ocorreu.
Também não foi implantado - segundo a Caixa por problemas operacionais - a adoção do limite de R$ 2.400 para o reembolso nos casos de procedimentos médicos. Esse valor também foi conquistado na Campanha 2015.
A próxima rodada de negociação está marcada para dia 24.
Queremos negociações produtivas e não postura de querer emperrar o processo negocial.
Fonte: Contraf-CUT/Seeb-SP