Caixa tem de melhorar condições de trabalho
11/04/2014 - Por Bancários CGR
Reivindicação foi apresentada pelo Sindicato e Apcef-SP ao vice-presidente da rede de agências do banco público
São Paulo Queda constante no sistema operacional, falta de empregados em diversas unidades e assédio moral com ameaça de descomissionamento para cumprir metas abusivas foram os temas centrais da reunião entre dirigentes do Sindicato e da Apcef-SP com o vice-presidente da rede de agências da Caixa Federal, José Henrique Marques da Cruz. O encontro ocorreu na quinta-feira 10, em São Paulo.
Os dirigentes sindicais deixaram claro ser necessário o rompimento de um ciclo danoso tanto aos empregados quanto para os clientes: agências com poucos empregados e queda sucessiva no sistema levam à sobrecarga de trabalho e à superlotação. E nessa situação caótica os empregados ainda são submetidos ao assédio moral para venderem à população. O resultado é o adoecimento do bancário e o risco de perda de clientes por não suportarem ficar até duas horas para serem atendidos, afirma o diretor executivo do Sindicato Kardec de Jesus.
O representante da Caixa afirmou que as panes deixarão de ocorrer quando for encerrado o processo de migração tecnológica em curso no banco. Segundo ele, as novas agências são monitoradas e têm aumento da dotação sempre que necessário. Informou, ainda, que as metas serão revistas e, nos próximos meses, serão trazidas para a realidade das agências.
Segundo Kardec, a reivindicação do movimento sindical é de que os trabalhadores participem da elaboração das metas. Os empregados conhecem a realidade da região onde trabalham. Por isso é essencial serem ouvidos caso haja de fato reformulação nas metas, para que sejam factíveis.
Os representantes dos trabalhadores reforçaram a necessidade de haver regras para o descomissionamento. Para essa questão o vice-presidente da rede limitou-se a dizer que antes de perda de função os bancários são alertados em pelo menos três oportunidades. Não concordamos com esses alertas pois são subjetivos e prerrogativas das chefias.
Reivindicamos critérios claros com o empregado tendo chance de defesa. Enquanto isso não ocorrer, a ameaça de descomissionamento continuará sendo utilizada para assediar os bancários, acrescenta Kardec.
Fonte: Jair Rosa com Seeb-SP