Caixa volta a desafiar Justiça e coage empregados que possuem ações judiciais

14/02/2011 - Por Bancários CGR

Rio de Janeiro - A direção da Caixa Econômica Federal voltou a desafiar o Poder Judiciário após o juiz Eduardo Henrique Rocha, da 43ª Vara do trabalho do Rio de Janeiro, ter informado ao Ministério Público (MPT) que a empresa, através da Comunicação Interna 0035/10, veda aos funcionários o direito que todo trabalhador possui de entrar com ações judiciais contra o empregador.

A decisão do juiz foi proferida após o Sindicato apresentar, na audiência realizada no dia 17 de dezembro de 2010, documento comprovando que a empresa exige dos empregados a renúncia às ações coletivas para que eles possam ser enquadrados no Programa de Funções Gratificadas (PFG) e  tenham direito de participar do Programa de Seleção Interna (PSI).

“A participação do Ministério Público neste processo é muito importante para os trabalhadores, pois as denúncias feitas pelo Sindicato ganham ainda mais legitimidade e acredito que serão apuradas com mais agilidade. A mobilização dos trabalhadores precisa continuar”, disse o diretor do Sindicato Enilson Nascimento.

A Caixa comunicou, ainda, em mais uma retaliação, o retorno de todos os tesoureiros executivos para a extinta função de técnico de operações de retaguarda. A decisão  resultará em redução salarial de cerca de R$660 para estes funcionários.

Lucro cresce 25,5%

A direção da Caixa desvaloriza e coage justamente quem garante lucros recordes para a empresa: os empregados. O banco faturou, em 2010, R$3,8 bilhões, um lucro líquido 25,5% superior ao de 2009 (R$3 bi). “O resultado, altamente positivo, é fruto do suor e do trabalho dos bancários, mas o banco não dá a mínima para o seu maior patrimônio, que são os próprios trabalhadores”, critica Enilson.

Fonte: Seeb RJ

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