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CEE/Caixa questiona direção do banco sobre mudança no horário de atendimento via WhatsApp

13/09/2021 - Por Bancários CGR

O horário estabelecido pelo banco, das 9h às 17h, extrapola a jornada de trabalho dos empregados. Comissão solicita mesa permanente para discutir o assunto

A Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), questionou a direção do banco sobre a alteração no horário de atendimento aos clientes via WhatsApp, utilizando a plataforma Interaxa.

De acordo com o ofício enviado no dia 9 de setembro, a Comissão informou que o horário estabelecido pelo banco, das 9h às 17h, é incompatível com o horário de atendimento nas unidades, das 8h às 13h, e com a jornada de trabalho da maioria dos empregados que são responsáveis por este atendimento, que é de seis horas.

“Como o atendimento aos clientes que buscam este canal (WhatsApp) é direcionado, em grande parte, por empregados que estão atuando em Home Office, a alteração, na prática, lhes impõe um aumento na jornada de trabalho para 8 horas diárias, sem que haja o devido registro e contraprestação”, diz o documento.

O horário alterado pela Caixa também extrapola a jornada de trabalho dos empregados que estão em trabalho presencial e atendem clientes pelo canal, principalmente pelo quadro deficitário de trabalhadores no banco.

 “Essa medida representa uma absurda extrapolação da jornada de trabalho. Sem contar que os empregados trabalham com a agência cheia e ainda precisam atender outros clientes que estão aguardando no WhatsApp. Pelo ofício, pedimos à Caixa que revise esta mudança e que adeque o atendimento às condições de trabalho. Também solicitamos a marcação de mesa permanente para discutir esse assunto”, informou a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, a alteração no horário de atendimento é um desrespeito aos direitos dos trabalhadores e dos acordos do trabalho remoto. “O home office foi estabelecido para proteger o empregado contra a contaminação pela Covid-19 e não vamos aceitar que o banco use essa condição para explorar e sobrecarregar o trabalhador”, ressaltou. 

Fonte: Fenae

 

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