Com tema "Unidade e Resistência, nenhum direito a menos" teve início V Conferência da Fetrafi-NE

11/07/2016 - Por Bancários CGR

A defesa dos bancos públicos, do emprego, dos direitos dos bancários e da democracia foi a temática da mesa de abertura da V Conferência Regional da Fetrafi-NE, ocorrida na noite de sexta-feira, 8 de julho, na Ilha de Itamaracá, Pernambuco. Após a abertura, o jornalista Renato Rovai fez uma profunda análise de conjuntura para os delegados e delegadas, que seguiu-se de debate até as 23h.

A mesa de abertura contou com representantes de sindicatos da base da Fetrafi-NE, com a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco Suzineide Rodrigues, com o vice-presidente da CUT-PE Paulo Rocha, com o presidente da Fetrafi-NE Carlos Eduardo e com o presidente da Contraf-CUT Roberto Van Der Oster (Betão).

A presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, abriu a conferência saudando o compromisso das entidades e dos militantes sindicais de levantarem o tema da defesa dos direitos já conquistados pela classe trabalhadora e ressaltando o ambiente hostil onde se dará a campanha salarial de 2016, com a crise econômica, as ameaças à democracia e o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. "Vamos sair vitoriosos se mantivermos nossa histórica unidade", disse.

Roberto Van Der Oster lembrou os presentes das deliberações do comando da Contraf, principalmente sobre a aprovação da mídia da campanha salarial e do trabalho para fechar a minuta de propostas. Ele relatou a experiência de luta de bancários argentinos neste ano. "Nós estivemos em Buenos Aires participando da Aliança Latino-americana Em Defesa Dos Bancos Públicos. Os bancários da Argentina conseguiram uma vitória no governo do Maurício Macri. Fizeram uma campanha forte, conseguiram PLR que não tinha e também conseguiram readmitir 60 bancários do Banco Central que haviam sido demitidos. Qual a tática deles? Visibilidade para a campanha, muita movimentação na rua, acampamento na frente dos locais importantes para banco e ampliar a luta dos bancários para outros setores da sociedade", relatou Betão.

GOLPE - O jornalista Renato Rovai fez uma avaliação do cenário político e econômico que resultou no impedimento da presidenta Dilma Rousseff pelo Congresso Nacional. Para o especialista, não há dúvidas de que se tratou de um golpe parlamentar e judiciário financiado, principalmente, pelo setor financeiro. " Um golpe não `é`, um golpe `vai sendo`, vai se construindo", analisa, para quem o governo e os partidos de esquerda não se atentaram para o crescimento de uma campanha midiática de ódio nas redes sociais contra sindicatos, movimento sociais e as pessoas mais pobres.

"Em 2012, Dilma faz um lance ousado que é enfrentar os altos juros dos bancos. Eles chegam a 7,25% e ficam assim por seis meses. Todos os porta-vozes do poder econômico na imprensa começaram a disparar contra a baixa dos juros do Brasil, o setor financeiro atacou", relembrou.

Rovai sugere que os sindicatos promovam uma "nova aliança" com outros movimentos, principalmente os de juventude. "Ao mesmo tempo, estimulante e generoso, porque o movimento sindical é o irmão mais velho, tem que abrir as portas, ajudar a construir", explica. A Conferência continuou no sábado, com plenária final no domingo pela manhã.

Aguarde mais informações e quais foram as deliberações da Conferência Regional.

Fonte: Seec-PE

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