Contraf-CUT e CNTV discutem segurança com Ministério da Justiça nesta sexta
23/08/2011 - Por Bancários CGR
A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) se reúnem  nesta sexta-feira (26), às 9h, com o Ministério da Justiça, em Brasília,  para retomar os debates acerca da proposta de projeto de lei de  segurança privada, que foi encaminhada pelas entidades com o objetivo de  atualizar a legislação e reforçar a proteção da vida de trabalhadores e  clientes. 
 
 Os representantes dos bancários e vigilantes serão recebidos pela  Secretaria de Assuntos Legislativos, que trata da apreciação dos  projetos de lei. O assunto foi objeto de reuniões, durante o período do  ministro Tarso Genro.
 
 "A lei federal nº 7.102/83 tem cumprido importante papel de controle e  definição de responsabilidade da segurança privada, no entanto,  encontra-se defasada, diante do crescimento da violência e da  criminalidade, sendo necessária adequá-la à realidade", afirma o  secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional  de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
 
 Outro assunto a ser tratado com o Ministério da Justiça é o crime da  "saidinha de banco", que está assustando trabalhadores e clientes em  todo país. No primeiro semestre deste ano, conforme pesquisa nacional da  Contraf-CUT, 20 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos,  média de mais de três mortes por mês, sendo 11 em casos de "saidinha de  banco". É uma ação criminosa que começa dentro das agências e dos postos  de atendimento e, por isso, requer medidas preventivas dos bancos.
 
 "Não apoiamos a proibição do uso do celular nos bancos, como defendem os  bancos, pois a medida é ingênua, inócua e não resolve o problema da  visualização das operações por olheiros", destaca Ademir. "Na realidade,  proibir o celular significa a transferência da responsabilidade de  segurança para os clientes, quando isso deve ser assumido dentro das  agências pelos bancos e fora dos estabelecimentos pela segurança  pública", defende.
 
 Os bancários e vigilantes também pretendem alertar o Ministério da  Justiça para o problema da utilização de correspondentes bancários, que  substituem agências e postos de atendimento bancário, sem o emprego de  bancários e vigilantes e sem qualquer medida de segurança. 
 
 "Trata-se de um modelo que não é de inclusão bancária, mas sim de  exclusão da população de baixa renda, que está trazendo precarização do  atendimento, insegurança e ainda coloca em risco o sigilo bancário dos  clientes", aponta o diretor da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
