Contraf-CUT organiza caravanas para audiência pública sobre correspondentes
11/08/2011 - Por Bancários CGR
A Contraf-CUT está organizando caravanas de bancários em todo país para a  audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara  dos Deputados, a ser realizada na próxima terça-feira, dia 16, às 14h30,  em Brasília. A concentração ocorre às 10h, em frente ao Banco Central  (BC), onde haverá uma manifestação que está sendo organizada pelo  Sindicato dos Bancários de Brasília. 
 
 A audiência pública vai discutir o Projeto de Decreto Legislativo (PDC)  nº 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que suspende  as recentes resoluções do BC que ampliam as funções dos correspondentes  bancários. O debate foi requerido pelo presidente da CFT, deputado  federal Cláudio Puty (PT-PA),
 
 > Clique aqui para ler o requerimento
 
 > Clique aqui para ler a íntegra do PDC nº 214/2011 de Berzoini
 
 "Vamos mostrar aos deputados e à sociedade a necessidade de barrar essas  resoluções do Banco Central, pois discriminam o atendimento bancário,  trazem insegurança, representam risco à proteção dos dados dos clientes e  significam uma séria ameaça ao futuro da categoria bancária, uma vez  que permitem aos bancos substituírem agências por correspondentes a um  custo infinitamente menor", alerta o presidente da Contraf-CUT, Carlos  Cordeiro. "Queremos emprego decente e banco para todos, sem exclusão e  sem precarização", destaca.
 
 Ele é um dos convidados pela CFT para a mesa da audiência pública. 
 Também estão convidados o presidente do Banco Central, Alexandre  Tombini, o autor do PDC, deputado Berzoini, a diretora do Departamento  de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria de Direito Econômico do  Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva, e o presidente da  Febraban, Murilo Portugal.
 
 Uma série de orientações aos sindicatos já foi encaminhada pela  Contraf-CUT, a fim de organizar as caravanas e as atividades de  mobilização.
 
 BC não pode legislar pelo Congresso 
 
 O PDC suspende a aplicação dos artigos 1º a 21º, dos incisos I e II do  artigo 22, e do inciso II do artigo 23 da Resolução 3.954, de 24 de  fevereiro de 2011 do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em sua  justificativa, o projeto pede a anulação de medidas que transformaram o  correspondente em "verdadeira filial do banco".
 
 O projeto tramita em caráter ordinário. Depois de analisado e votado  pela CFT será encaminhado para análise da Comissão de Constituição e  Justiça e de Cidadania (CCJC). Após passar pelas duas comissões, o  projeto vai à votação no plenário da Câmara.
 
 "O BC deu todas as facilidades para que os bancos contratem empresas  para realizar seus serviços. Isso só é vantajoso para os bancos, mas  prejudica clientes e trabalhadores", diz Berzoini, que é funcionário  licenciado do Banco do Brasil e ex-presidente do Sindicato dos Bancários  de São Paulo e da antiga Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT).
 
 Ele ressalta que os bancos usam os correspondentes para economizar em  mão-de-obra. Isso porque, apesar de realizarem os mesmos serviços, esses  trabalhadores não são reconhecidos como bancários e, por isto, não  usufruem os direitos da categoria, conquistados em convenção coletiva. A  resolução do BC "invade a competência exclusiva da União para legislar  sobre Direito do Trabalho", diz o texto do PDL.
Fonte: Contraf-CUT
