Contraf-CUT quer negociar mudanças no plano de previdência do Bradesco
23/07/2014 - Por Bancários CGR
Em reunião ocorrida nesta segunda-feira (21), com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, na Cidade de Deus, em Osasco (SP), o Bradesco anunciou mudanças no plano de previdência complementar dos funcionários. As entidades consideraram positiva a iniciativa de dialogar com o movimento sindical, mas criticaram o fato de o banco não abrir espaço para estabelecer um processo de negociação sobre as alterações.
Os representantes do Bradesco fizeram uma apresentação para os dirigentes sindicais, expondo os principais pontos do novo plano. Apesar dos esclarecimentos, ainda persistem muitas dúvidas sobre as mudanças e as entidades solicitaram o regulamento do novo plano, que o banco ficou de entregar nos próximos dias, o que permitirá uma avaliação mais precisa das alterações e se, de fato, elas trazem mudanças "favoráveis", como alega o banco, para os trabalhadores.
Eles disseram que o banco quer começar a divulgar as mudanças para todos os funcionários já na semana que vem e que elas devem valer a partir do mês de outubro deste ano.
"O diálogo é importante, mas ficou claro para nós que alguns itens são questionáveis. Por isso, é fundamental analisar o regulamento, estabelecer um processo de negociação e garantir a participação dos funcionários na gestão", afirma Elaine Cútis, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.
Participou da reunião o especialista em previdência complementar José Ricardo Sasseron, que é vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar) e ex-diretor eleito da Previ. "É fundamental a abertura de um processo de negociação com o movimento sindical para garantir aos trabalhadores a possibilidade de optar pelas melhores condições para o seu plano de previdência complementar", enfatiza Sasseron, que é também diretor da Contraf-CUT.
Atualmente, cerca de 40% dos funcionários do Bradesco são participantes do plano de previdência, conhecido como quatro por quatro. "Mais colegas podiam participar, o que não ocorre por causa da falta de divulgação do banco para aumentar a adesão dos funcionários", critica Elaine.
"Vamos esperar ter o acesso ao regulamento do banco para avaliar as mudanças no plano de previdência e fazer os estudos técnicos necessários", ressalta a diretora da Contraf-CUT, salientando a importância da negociação e destacando que novas informações serão depois comunicadas para as entidades sindicais.
"Orientamos os trabalhadores para que não tomem nenhuma iniciativa antes de sanar todas as dúvidas existentes e que não saquem as suas reservas já constituídas no atual plano, uma vez que o mesmo possui condições já asseguradas e cada participante poderá escolher a melhor opção quando da data da aposentadoria", conclui Elaine.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo