Covid-19: países deixam trabalhadores desprotegidos
09/06/2021 - Por Bancários CGR
Segundo entidades sindicais internacionais, “os programas seguridade social e os sistemas de saúde pública quase nunca são suficientes para mitigar os impactos da pandemia”
A pandemia de Covid-19 causou estragos em todo o mundo. Mas, algumas nações souberam lidar melhor com a crise sanitária. Outras, nem tanto. Muitos países têm deixado os trabalhadores desprotegidos por não reconhecerem o coronavírus como doença profissional.
Levantamento feito por entidades sindicais internacionais estima que, até abril, 3 milhões de pessoas morreram em consequência da Covid-19. “E 2020 foi o ano mais perigoso para muitos setores econômicos, especialmente os da saúde”, afirmam a UNI Global Union e a CSI (Confederação Sindical Internacional).
De acordo com o estudo, a pandemia atingiu de maneira desproporcional “mulheres, negros, imigrantes, trabalhadores precários e outros vulneráveis”. Muitos estão na linha de frente de combate à Covid-19, “sub valorizados e mal remunerados”.
Os sindicalistas alertam que já é difícil comprovar a relação entre lesão e trabalho, a questão é ainda mais complicada no caso de uma doença que circula na comunidade. Em muitos casos, fica a cargo do funcionário demonstrar a evidência médica que relacione a doença diretamente com o lugar de trabalho.
O relatório aponta o Brasil como país que dá pouca atenção ao problema, apesar de o STF (Supremo Tribunal Federal) reconhecer o coronavírus como acidente de trabalho. “Em uma situação mais perigosa, o governo do Brasil reconheceu a Covid-19 como enfermidade profissional, mas os trabalhadores informaram que é impossível ter acesso a qualquer tipo de benefício por parte do Estado”. Em um país governado por Bolsonaro, infelizmente não é comum o trabalhador ter direito.
Fonte: Com informações da Rede Brasil Atual