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Curso de formação sindical é apresentado às bases da Fetrafi-NE

27/03/2024

Diretores do Sindicato participaram das atividades realizadas na sede do Sindicato dos Bancários da Paraíba, em João Pessoa, nos últimos dias 22 e 23/03

O curso de Formação Sindical para Dirigentes – módulo 1, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), foi realizado, na sexta-feira (22) e sábado (23), em parceria com a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi-NE) e o Sindicato dos Bancários da Paraíba (Seeb-PB), que recebeu o evento em sua sede, na capital João Pessoa.

O grupo de participantes do curso, reunido ao final das atividades
 

Ao todo, o encontro teve 30 dirigentes não liberados e 12 liberados, além de quatro bancários aposentados. Estes últimos deram o testemunho sobre sua participação na luta contra a ditadura militar, de 1964 a 1985. Todos os participantes são das bases da Paraíba, Campina Grande, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Ceará.

Os diretores do Sindicato Raquel Farias e Wagner Freitas participaram do encontro representando a delegação de Campina Grande e região. 

O curso

Orientada pelas teorias de Paulo Freire e Lev Vygotsky, a metodologia do curso favorece a construção do conteúdo de forma interativa, como leitura em grupos e apresentações, para estimular debates e o compartilhamento de experiências. Neste primeiro módulo, os temas históricos focam na formação do movimento da classe trabalhadora, a partir da Revolução Industrial, no século XVIII.

O programa enfatiza momentos marcantes da organização dos trabalhadores no Brasil, como a escravidão e sua herança social e cultural, o movimento anarquista e as greves do começo do século XX, o sindicalismo atrelado ao Estado no tempo de Getúlio Vargas e a estruturação da ação sindical de categorias importantes, como bancários, metalúrgicos e professores, desde então.

As atividades, também incluem vários recursos, como documentários sobre o papel dos sindicatos na era Vargas, o golpe militar de 1964 e a resistência à ditadura que o seguiu até 1985 e a construção do movimento sindical bancário.

Segundo o formador da Contraf-CUT, o professor de História José Luís Vasquinho Paredes, “nesta edição, os participantes eram, em sua grande maioria, dirigentes não liberados, quase todos no começo de sua trajetória na entidade sindical, e ficou muito claro que o curso estimulou ainda mais a participação de todos no movimento”.

Para a secretária de Formação do Seeb-PB, Magali Pontes, “o curso foi um grande momento de estudo e reflexão sobre como surgiram a classe trabalhadora e o movimento sindical; o professor Zé Luís, traz com muita precisão, como foi esse processo extremamente violento para os trabalhadores e a necessidade de organização dos trabalhadores e trabalhadoras”.

Magali também enfatizou a participação de grande número de novos dirigentes. “Foi um momento ímpar para que os participantes, a maioria jovens na direção dos seus sindicatos, pudessem, dentro de uma metodologia participativa, investir na construção de si mesmos como agentes das transformações sociais; isso é importante, pois esses jovens serão os dirigentes das lutas futuras dos trabalhadores e precisam estar preparados para tamanha tarefa”, concluiu.

Ferramentas de luta

O secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, reforça que “este curso estimula várias habilidades ligadas às atividades do dirigente, como organização, liderança, comunicação em público, disciplina e análise de cenário e de conjuntura”.

Para Zanon, “a temática bastante ampla incentiva debates sobre as lutas históricas dos trabalhadores, bem como as questões de gênero, a luta sindical, o papel do dirigente e a preparação para a Campanha Nacional dos bancários 2024, além de disponibilizar ferramentas de luta para os trabalhadores”.

O secretário faz um balanço positivo de todo o ciclo do curso de Formação Sindical para Dirigentes, já ministrado a 12 turmas para bases de todo o país. “Desde o ano passado, já tivemos mais de 400 participantes neste curso, em atividades presenciais, o que é um conjunto de dirigentes muito significativo”, disse.

“Durante os estudos e as discussões de temas fundamentais, sempre desenvolvemos ferramentas de luta, que são úteis a todos que se dedicam às atividades sindicais, por isso pensamos que a formação deve ser um processo contínuo”, completou.

Fonte: Seeb_CGR com Contraf-CUT

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