Mesmo durante a pandemia, funcionários são submetidos a cobrança de metas inatingíveis e sujeitos a demissão pelo não cumprimento das mesmas
Em protesto contra as arbitrariedades cometidas pelo Santander durante a pandemia de Covid-19, os sindicatos organizaram um Dia de Luta com twitaço e manifestações nas redes sociais nesta terça-feira (16/06). Apesar do isolamento social e a crise econômica por conta do novo coronavírus, a empresa cobra metas abusivas aos funcionários, assedia e demite, ignorando o próprio compromisso de garantir o emprego.
Os bancários sofrem com a pressão por parte de gestores e uma possível demissão em massa em meio à pandemia ainda causa desespero. Para piorar, o Santander tem pressionado trabalhadores para voltar ao trabalho nas agências, justamente quando o número de mortes e de contaminados dispara no país.
Também aproveita o momento para retomar a discussão sobre a criação de um novo plano com Contribuição Definida para o plano de previdência dos empregados. Importante lembrar que o Santander lucrou R$ 3,85 bilhões nos três primeiros meses de 2020 e a rentabilidade no Brasil atingiu 22,3%.
O resultado obtido no país em apenas três meses representa 29% da lucratividade global. Mas, ao invés de oferecer contrapartidas, como tarifas e taxas não extorsivas aos clientes, o banco contribui para aumentar a já elevada taxa de desemprego. É inexistente a preocupação do Santander com bancários e sociedade.
O movimento sindical reivindica o mesmo tratamento dado aos funcionários em outros países onde a empresa opera. Ou seja, sem demissões. Ainda mais que o governo federal brasileiro liberou aos bancos mais de R$ 1 trilhão como ajuda.
Fonte: Seeb-CGR