Dia Internacional de Luta na América Latina cobra fim das demissões no HSBC

25/06/2013 - Por Bancários CGR

altOs bancários do HSBC promovem nesta terça-feira 25, Dia Internacional de Luta na América Latina contra as demissões que vem sendo realizadas pelo banco inglês em toda a região. Os trabalhadores também exigem melhores condições de trabalho, mais respeito e valorização.

A mobilização foi definida durante a 9ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, realizada entre os dias 6 e 8 de maio, em Assunção, promovida pela UNI Américas Finanças e Comitê de Finanças da Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), com apoio da Federação dos Trabalhadores Bancários e Afins do Paraguai (Fetraban).

Na ocasião, os integrantes da rede sindical do HSBC avaliaram a atuação do banco no Brasil, México, Argentina e Uruguai. "Ficaram constatadas as péssimas condições de trabalho e os sindicatos não aceitam que os cortes de despesas e provisionamentos bilionários por conta das ilicitudes praticadas pela alta cúpula do banco, como lavagem de dinheiro e venda irregular de produtos, recaia sobre os trabalhadores, levando a exigência de cumprimento de metas cada vez mais abusivas e não garantindo emprego decente", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Clique aqui para acessar o jornal Análise, elaborado pela Contraf-CUT para os funcionários do HSBC.

Para o presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, "é fundamental a unidade de ação em todos os países latino-americanos onde o banco atua, como forma de fortalecer a luta em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores".

`Mexeu com um, mexeu com todos`

"Por isso no encontro de Assunção definimos pela convocação com o slogan `Mexeu com um, mexeu com todos`, porque exigimos respeito enquanto países mas também individualmente para cada trabalhador. Quando se demite um trabalhador do HSBC, esse ato de violência atinge sua família, a sociedade local e os demais colegas de trabalho, que ficam sobrecarregados. Esse movimento unitário, que buscamos construir no Brasil nesta terça-feira, é para darmos um basta a essa situação", comenta Alan Patrício, diretor jurídico da Contraf-CUT e do Sindicato de Pernambuco.

No Brasil, o banco lucrou R$ 1,225 bilhão em 2012, crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior. Além disso, a rentabilidade do HSBC é maior do que qualquer outro país aonde ele atua.

No entanto, o HSBC cobra de seus clientes as taxas de juros e as tarifas mais altas do mundo. E, mesmo com o lucro gigantesco, a empresa fechou 1.002 postos de trabalho em 2012 e pratica uma inexplicável rotatividade de mão de obra.

Para o diretor da Contraf-CUT e funcionário do HSBC, Sérgio Siqueira, a instituição coloca aqui em prática uma rotatividade que não se repete em nenhum outro país do planeta. "Ou seja, o banco manda o lucro para a Inglaterra e deixa no Brasil e no restante da América Latina o desemprego e a precarização".

Siqueira ressalta que o quadro reduzido de funcionários faz com que os bancários sejam obrigados a trabalhar no limite, não conseguindo atender à demanda dos clientes. "Para piorar, quando um adoece por problemas psicológicos, LER/Dort ou outras doenças, o descaso do RH é absurdo, sem contar o aumento abusivo do valor do plano de saúde".

O número reduzido de bancários em função das demissões tem se refletido em filas nas agências e na piora da qualidade do atendimento. Por este motivo, as entidades sindicais exigem fim das demissões e da rotatividade, condições dignas de trabalho, mais respeito, e valorização dos bancários e clientes.

"Em toda América Latina o HSBC desrespeita os trabalhadores e toma decisões de forma unilateral, tolhendo benefícios já conquistados e colocando em risco a saúde dos trabalhadores, através da sobrecarga de serviços. Por isso, uma organização internacional é fundamental para enfrentar esses problemas. Juntos somos fortes e outras manifestações virão até que sejamos respeitados", conclui Siqueira.

Fonte: Contraf-CUT com UNI Américas Finanças

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