A direção da Caixa desferiu mais um golpe contra os empregados. No final da tarde da quinta-feira, 26 de janeiro, enviou comunicado sobre novos valores a serem cobrados dos assistidos pelo Saúde Caixa a partir de 1º de fevereiro.
De acordo com o documento, a mensalidade dos trabalhadores da ativa e aposentados aumenta de 2% para 3,46% da remuneração base; a coparticipação das despesas assistenciais sobe de 20% para 30% e o valor limite anual da coparticipação passa de R$ 2.400 para R$ 4.200. Nesse último caso, toda vez que o assistido ultrapassa esse gasto, o complemento é feito pela Caixa.
“A medida da Caixa é um desrespeito à cláusula 32ª do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que estabelece a manutenção dos percentuais de mensalidade, da coparticipação e do valor para o teto. A empresa jamais poderia ter tomado uma decisão como essa sem que fosse negociada com o movimento sindical e discutida no Conselho de Usuários”, afirma o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis. “Além de querer economizar com a redução do quadro de bancários, com descomissionamentos e fechamento de agências, o banco quer agora cortar custeio do Saúde Caixa. Um absurdo que não aceitamos e que será respondido com o aumento das manifestações pelos direitos dos trabalhadores e contra o desmonte do banco público.”
Superavit –A integrante do Conselho de Usuários Ivanilde Moreira, a Ivi, denuncia que essa medida em nenhum momento foi apresentada pelo banco aos representes dos assistidos.
Ela explica que em vez de querer penalizar os trabalhadores, a Caixa deveria discutir com seriedade a destinação do superávit. Segundo dados atuariais do próprio banco, o Saúde Caixa apresenta superávit acumulado de cerca de R$ 700 milhões em 2016 e que deve ter resultado novamente positivo em 2017.
Ivanilde explica que isso decorre do fato de as coparticipações e as mensalidades sempre ultrapassam os 30% de custeio do plano que cabem aos trabalhadores. A Caixa arca com os outros 70%.
“Vamos usar todos os meios para fazer com que a Caixa cumpra o acordo coletivo e respeite os empregados, inclusive recorrendo à Justiça" acrescenta o coordenador da CEE.
Fonte: SEEB-Curitiba