Dois mil comerciários do Bradesco serão bancários

12/12/2013 - Por Bancários CGR

Banco propõe fazer regularização dos cargos que passam a ter os mesmos direitos previstos para toda a categoria. Somente em São Paulo estão 1.218 desses trabalhadores

Comerciários que vão virar bancários. O Bradesco anunciou em negociação com a Comissão de Empresa nesta quarta-feira 11 que fará o enquadramento como bancários de 2.012 comerciários que atuam no setor de financiamento de automóveis em 22 estados do país. Desses, 1.218 estão em São Paulo.

A proposta do banco foi apresentada após ação judicial movida pelo sindicato no Rio de Janeiro. Em São Paulo, já havia denúncias ao Ministério Público sobre o desvio de função desses profissionais.

Diante disso, esses trabalhadores passariam a receber todos os direitos da categoria previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que tem validade nacional. Atualmente, 800 desses funcionários têm função administrativa e recebem somente a PLR da CCT.

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, a proposta feita pelo banco é positiva e corrige uma distorção. “O enquadramento desses trabalhadores como bancários representa um importante avanço já que haverá ganhos significativos para todos.” A dirigente participou da reunião com o banco. “Cobramos que em fevereiro esses novos bancários já recebam a PLR paga à categoria.”

A proposta será apresentada e votada pelos trabalhadores em assembleia a ser convocada pelo Sindicato em breve.

Jornada – O banco quer discutir como fica a situação aos finais de semana. A jornada de 44 horas, cumprida atualmente de segunda a sábado, será reduzida e enquadrada na jornada dos bancários.

De acordo com compromisso do banco, se trabalhar aos sábados e ou domingos, os trabalhadores receberão um valor chamado plantão e uma folga correspondente de no mínimo dois finais de semanas cheios, sábado e domingo, como é previsto pelo acordo do Telebanco.

Remuneração – Como a base de remuneração desses profissionais é variável, o banco propõe incorporar a comissão média dos últimos 12 meses para que não tenham prejuízo. Os trabalhadores passariam a fazer parte, também, do encarreiramento do banco.

Outra conquista garantida seria a vale-cultura para todos. O auxílio-doença, atualmente de seis meses, passa a ser de 24 meses.

Demissões – Os representantes dos trabalhadores na COE questionaram a respeito das dispensas que aconteceram nos últimos meses, mas os negociadores do Bradesco afirmaram não estar em curso nenhum processo de dispensas.


Fonte: Redação

Outras Notícias