Caixa Bancos

É hora de união para cobrar da Caixa o pagamento do contencioso

08/06/2017 - Por Bancários CGR

O passivo trabalhista gerado pela Caixa transforma o problema em um iceberg de grandes proporções

O passivo trabalhista gerado pela Caixa Econômica Federal transforma o contencioso judicial da Funcef em um verdadeiro iceberg de grandes proporções. Já são R$ 2,4 bilhões provisionados para causas previdenciais. Essa é a parte contabilizada, que permanece acima da superfície. Somando as causas de perda possível cuja execução já é aguardada, o bloco de gelo cresce mais R$ 4,1 bilhões. Essa camada não contabilizada aparece apenas em ressalvas e permanece submersa. Com isso, a conta já chega a R$ 6,5 bilhões.

Os dados, aliás, são referentes a 2015, já que a Funcef ainda não divulgou o balanço de 2016. O prejuízo aumenta a cada ano mais rapidamente que o patrimônio dos planos. A fórmula é simples: a Caixa infringe direitos do empregado, que, legitimamente, procura a Justiça. O juiz reconhece a infração e o direito do trabalhador. A Caixa, que deu causa à ação e é a patrocinadora da Fundação, não paga. A Funcef é a administradora, mas não cobra do banco. No final, quem paga é o conjunto dos participantes.

O impacto do contencioso é superior ao de qualquer investimento e vem sendo cobrado indevidamente dos empregados há anos. Do valor a ser pago no equacionamento referente a 2015, já representa 1/4 da conta para os participantes do REG/Replan Saldado e 42% para os do Não Saldado.

Com lançamento da campanha Contencioso: essa dívida é da Caixa, muita gente nos procurou querendo mais informação, manifestando indignação com a postura da Caixa e também da Funcef. Gerar essa conscientização é o primeiro passo. O contencioso é tão grave que requer a união de todos para estanca-lo. É hora de esquecer disputas políticas, diferenças de opiniões e juntar forças para resolver um problema que pode inviabilizar o nosso fundo de pensão. Por isso, a Diretoria da Fenae conclama todos os participantes a se engajarem. Precisamos abrir nossos canais nas redes sociais e colocar de vez o contencioso na pauta de debate.

A campanha terá abrangência nacional e mobilizará diversas entidades em defesa do patrimônio dos trabalhadores. Se não estancarmos esse problema urgentemente, perderemos parte cada vez maior de nossos benefícios para cobrir esse que é o verdadeiro rombo dos fundos de pensão.

fenae

Outras Notícias