Empregados da Caixa reagem à agenda privatista do governo com dia de luta
08/07/2020 - Por Bancários CGR
O banco público se mostrou imprescindível com o pagamento do auxílio emergencial e à economia, com a concessão de empréstimos ao setor produtivo, neste momento crítico pelo qual o país atravessa. Ainda assim, o presidente do Banco, Pedro Guimarães, voltou a reforçar os planos de privatização da Caixa.
A intenção da equipe econômica não se alterou com o trabalho do banco público nesta pandemia, pois a direção da Caixa continua avaliando as condições de mercado e enxerga “uma janela de oportunidade para a realização da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade” ainda este ano.
Resistência no Congresso Nacional
Para tentar frear a agenda privatista do governo federal, tramita na Câmara dos Deputados o PL 2715/2020, que propõe a suspensão das privatizações até um ano após o fim do estado de calamidade pública. Na prática, os processos de desestatização e desinvestimentos só poderão ser retomados em 2022.
Retorno precoce
Além da luta contra a venda do maior banco público do país, os empregados lutam pela vida. A direção do banco aumenta a pressão para o retorno precoce dos trabalhadores ao trabalho em meio ao crescente número de casos de Covid-19 no Brasil. Mesmo com números alarmantes e a alta taxa de contágio do coronavírus, a Caixa insiste em convocar os empregados para que reassumam o trabalho presencial nas centralizadoras, filiais e representações. O fim do distanciamento social é precoce e coloca os trabalhadores em risco desnecessário e reforça a falta de preocupação da empresa com os trabalhadores.
Fonte: Contraf-CUT